SÃO LOURENÇO DOS RIBEIROS
A finalidade deste blog é resgatar a história da Família Ribeiro no período vivido em São Lourenço, Município de Caarapó(MS). Todos, parentes ou não, conhecedores de histórias, estórias e fatos relacionados ao São Lourenço e aos Ribeiros podem contribuir para este resgate.
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Sobre as luzes que apareciam à noite no São Lourenço
quarta-feira, 10 de abril de 2024
A CURTA ESTADA DO PRETO NO SÃO LOURENÇO
Quero nesta
postagem relatar um pouco do que sei sobre a curta estada do Preto em São
Lourenço Me lembro muito bem que o Preto, já rapaz, saiu de Nova América e foi
morar na Casa do Tio Miguel e Tia Antônia, trabalhando na lida da lavoura
(capinagem, plantio,colheita da produção agrícola) para a Família Daniel.
O Preto
também, neste período, jogou na equipe da futebol de adultos do São Lourenço,
ou seja, conseguiu se integrar bastante a Família Ribeiro no São Lourenço, bem
como junto aos demais camponeses. No entanto, foi o Ribeiro, o primo com o qual, a integração do
Preto se deu mais intensamente, pelo fato de estarem na mesma faixa etária e
terem os mesmo gostos, em resumo, uma sintonia perfeita.
Me lembro também que ele adorava visitar o meu pai, depois que saiu do São Lourenço, e nestas visitas, as conversas se estendiam por horas e horas e, o meu pai gostava e acolhia muito bem o Preto. Se a memória não estiver me traindo – me corrijam quem se lembrar, se estiver errado, nesta afirmação – que o 1º casamento do Preto e do Ribeiro, foram feitos no mesmo dia, e numa mesma solenidade.
Da Família Edson Ribeiro, depois que o Tio Edson saiu do São Lourenço para ser assentado em um sítio em Fátima do Sul, até onde eu sei, os filhos deles que moraram em São Lourenço foram somente o Eduardo e o Preto. Os demais, lá foram e por diversas vezes, apenas a passeio e em período de férias, os quais, voltavam para Nova América muito contrariados, não é Josefa Hélia?
EdsonRibeiro, o Preto e Filhas,. |
terça-feira, 9 de abril de 2024
ASSIM ERA O CARLOS ROBERTO (JACÓ).
Em 1976 fui morar em Campo Grande
(MS), tentar uma profissionalização como radiotécnico, havia feito este curso
por correspondência pelo famoso e conceituado Instituto Universal Brasileiro. O
Zé Carlos, atendendo a uma solitacação do
meu pai conseguiu que eu fizesse uma experiência na oficina do Antônio, um
uruguaio. Todavia, eu não fui bem sucedido.
Diante disso já estava em Campo
Grande, e, o Zé Carlos me convidou para trabalhar na Serralheria Gradelar de
propriedade da Família Moraes e eu fui, onde fiquei até maio de 1978, quando
fui prestar o serviço militar obrigatório na 9ª Companhia de Guardas. Me tornei
um meio oficial em serralheria.
Mas o que quero narrar aqui é sobre o
primo, Carlos Roberto (Jacó- apelido), haja vista que morei com Família
Ribeiro/Moraes, e o Jacó, um dos filhos da Tia Maria e fã “barbaridade” do Cantor Benito de Paula.
Ele tinha uma daquelas radiolas feitas com moldura de madeira nobre, e todos os
discos do Benito de Paula, ele comprava. Trabalhando na Gradelar, era comum fragá-lo
simultaneamente trabalhando e cantando algumas das músicas interpretadas pelo
Benito de Paula. E fazia questão de comentar sobre o seu ídolo musical
preferido. Por vezes, convidava a gente, nos finais de semana para músicas do
Benito di Paula.
Além disso o Jacó era muito
habilidoso no futebol, driblava muito bem. Joguei muitas vezes na mesma equipe
dele e contra ele e era um desafio grande jogar contra ele. E o mais difícil é
que depois do jogo,ele lembrava das boas jogadas dele e tirava um sarro
daqueles de quem, porventura,tivesse sido vítima de suas jogadas.
Uma pena que o primo, apesar de toda
a sua energia para jogar e curtir música, acabou algum tempo depois, cometendo
suicídio. Mas, posso assegurar, passei momentos muito bons ao lado do Jacó.
domingo, 7 de abril de 2024
Assim era, assim é o Renato, um Exímio Negociador!
Vou aqui descrever uma característica do meu primo, amigo e camarada, Manoel Renato, ou simplesmente Renato, um santista convicto, muito bom para parlamentar, diplomático, eu diria que dos filhos do Tio José, é o que mais herdou a habilidade do Tio para dialogar, negociar, inclusive e principalmente, em situações muito adversas. Talvez por isto tenha enveredado pelo campo da advocacia.
E para não ficar apenas na retórica, cito fatos dos quais fui testemunha ocular. Exemplos:
- no velho, sofrido e saudoso São Lourenço, quando nos tornamos adolescentes, passamos a fazer brincadeiras tais como: "Passar Anel" e "Cai no Poço" e outras brincadeiras do gênero, as quais para acontecerem precisavam contar com a presença de meninos e meninas. Coisas de adolescentes, mesmo;
Pois bem aí que a "porca torcia o rabo". Imaginem vocês, nos anos 1960 e 1970, num sertão - condição do São Lourenço -, sob uma ditadura militar, o quanto as famílias eram extremamente conservadoras, naturalmente, o desafio era negociar com os pais das meninas para que concordassem que suas filhas participassem de brincadeiras que se realizavam com a participação de meninos e meninas.
Quem se prestava a conversar com os pais das meninas?, O Renato. Por vezes, a negociação demorava um pouco, mas quase sempre, o Renato conseguia êxito em seus pleitos. Quando o Renato veio estudar, em Dourados e fazer o curso ginasial, logo, permanecia menos tempo em São Lourenço, estas brincadeiras se tornaram mais raras porque não tínhamos o Renato para negociar, Estas brincadeiras eram realizadas, invariavelmente à noite.
Meu amigo, irmão e camarada Renato, me desculpe entregá-lo aqui no grupo, mas o faço, exatamente para evidenciar a sua capacidade argumentativa e de negociar.
quinta-feira, 28 de março de 2024
Em algum lugar do passado
Relato aqui uma experiência vivida por Mim, o Alberto e o Manoel Renato, acredito que há mais de 50 anos atrás, no velho, bom e saudoso São Lourenço, numa quinta feira santa, portanto, véspera de uma Sexta Feira da Paixão, numa noite, deveras escura, haja vista que a Lua não deu as suas caras.
Enio e Manoel Renato Esta foto é um registro da comemoração dos 90 anos de vida da Tia Maria Sinhá, quando tive a honra de confabular com este grande primo e camarada, o Manoel Renato. |
Por volta de 10 ou 11 horas da noite, naquela encruzilhada da estrada que dava acesso a casa do Tio José, a Casa do Vovô e da Vovó, ao Cerrito e as Casas de Epifânio e do Tio Celso, nela mesmo, acreditem, estávamos confabulando sobre a Sexta Feira da Paixão, sobre crendices e narrativas, nunca confirmadas de que quem trabalhasse neste dia, ou fosse desrespeitoso, algo muito ruím poderia ocorrer a esta pessoa.
Não preciso argumentar muito para quem leia esta postagem, seja convencido de que todos, sem exceção, estávamos muito ansiosos e eu me arrepiava todo. Porém, mesmo com medo, a conversa rolou por cerca de mais de duas horas, e pasmem, estávamos em pé.
Lembrando que a escuridão era semelhante ao "Breo das Tocas", não passava ninguém e de vez em quanto, ouvíamos uma coruja cantar. Quer cenário mais alucinante. Mas a verdade é que me marcou muito e aproveitando que estamos na véspera de mais uma sexta achei oportuno fazer este relato.
Mesmo que seja irrelevante, parodiando Fernando Pessoa, setencio: "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena"
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
REFLETINDO SOBRE FRASES E AFIRMAÇÕES FEITAS HÁ 50 ANOS ATRÁS
Cerca de 50 anos atrás era comum ouvir no velho e bom São Lourenço, as seguintes frases:
a)"o cara tá bem de vida.Tá tomando até cerveja";
Detalhe: nos anos 1960 e 1970, a maioria da população tomava cachaça, a cerveja era caríssima. Todavia, a revolução tecnológica e o ingresso do Brasil na fase industrial tornaram a cerveja mais acessível.
b) outra frase,"fulano tá bem de vida,comprou até sofá". Vale a mesma observação feita em relação a cerveja;
c) era comum a frase,"comprei ou vendi este produto a preço de banana",isto é, muito barato. Atualmente,a banana está com preços elevadíssimos, e tê-la presente à mesa,tem um custo considerável;
d)"quem come abóbora é porco!. Atualmente, por conta da revolução na culinária e do avanço do agro-negócio, registra-se um desequilíbrio entre oferta e procura da abóbora no mercado, e logicamente, o preço deste produto subiu muito. Somando-se este fato com a revolução técnica e tecnológica no preparo da abóbora, este produto é muito bem vindo no cardápio humano.Aliás,está extremamente,a exemplo da banana,valorizada no mercado;
FAZENDO POIS,UM COMPARATIVO ENTRE BRASIL RURAL,REALIDADE VIGENTE ATÉ OS ANOS 1970 E O BRASIL DOS ANOS 1980 EM DIANTE, ATÉ OS DIAS ATUAIS, ASSISTIU-SE A UM ACELERADO ÊXODO RURAL NO CENTRO-SUL DO BRASIL, FENÔMENO QUE AFETOU IMPIEDOSAMENTE O PEQUENO AGRICULTOR E AGRICULTURA FAMILIAR, COM CONSEQUÊNCIAS DANOSAS NA OFERTA E NOS PREÇOS DE PRODUTOS DEMANDADOS NO MERCADO INTERNO.
Em tempo: a Família Ribeiro, experimentou,ela mesma o êxodo rural,no velho e bom São Lourenço, portanto, os Ribeiros da velha-guarda, sabem muito bem do que estou falando.
sábado, 27 de janeiro de 2024
O CENTRO ESPÍRITA ALLAN KARDEC, UMA CASA ESPÍRITA, CUJO LEGADO AINDA AJUDA NA PROPAGAÇÃO DO ESPIRITISMO KARDECISTA.
Por diversas vezes, fiz menção aqui, neste blog sobre o importante e relevante papel que o Centro Espírita Allan Kardec, sediado outrora no São Lourenço, teve para a propagação e a territorialização do espiritismo kardecista em Dourados e Região, numa ação conjunta com os Centros Espíritas Santo Agostinho (Liberal) e o Centro Espírita Amor Caridade (Dourados).
Estas três Casas,se caracterizaram por atuar observando o tripé sobre o qual assenta-se o espiritismo kardecista: religião, ciência e filosofia. Claro que a meu ver, a maioria dos espíritas acabaram por atribuir maior importância ao aspecto religioso. Todavia, os dirigentes destas Casas, lograram relativo êxito na valorização do referido tripé, o que explica o porquê do espiritismo kardecista em São Lourenço ter atuado, a meu verde para uma maior coesão social da coletividade lá residente, inclusive, os não espiritas.
No São Lourenço, alguns evangelizadores foram revelados: Ildefonso Ribeiro, Antônio Costa, Antônio Ribeiro, Lurdinha, os quais, mesmo após, o êxodo rural que levou a praticamente 100% dos camponeses que residiam em São Lourenço a migrarem para a cidade,em especial, Dourados, uma vez instalados em Dourados, estes evangelizadores, se incorporaram ao Centro Espírita Amor e Caridade, num primeiro momento e depois no processo fundação de outras casas espíritas para nelas,continuaram no\nobre e difícil trabalho de propagação do espiritismo kardecista em Dourados e região.
Além dos evangelizadores já citados, acrescento os nomes de minha irmã, a Alcione e o Augusto Daniel, estes dois,não atuaram como evangelizadores em São Lourenço, porém, por terem frequentado o Centro Espírita Allan Kardec e influenciados pelos evangelizadores já citados, atualmente atuam,também como evangelizadores. A Alcione, atualmente atua como evangelizadora do Casa Espírita Bezerra de Menezes. Todavia, antes de sua incorporação a Casa Espirita Bezerra de Menezes, desempenhou o papel de fundadora ,dirigente e evangelizadora, juntamente com o seu esposo, José Baenas, da Casa Espírita Nosso Lar, sediado na Vila Industrial. No processo de fundação da Casa Espírita Nosso Lar, a Alcione e o Baenas, se somaram ao casal Dona Joana e Benevides - este último casal se constituiu nos fundadores e dirigentes principais daquela Casa; também menciono aqui um outro evangelizador,o Augusto Daniel,não em Dourados,mas São José dos Campos - SP. O Augusto Daniel, embora não seja dirigente, participa como palestrante e ajudando aos dirigentes em relação a questões administrativas da Casa Espirita que frequenta, em São José dos Campos.
Tanto para o Augusto, quanto para a Alcione, a experiência que tiveram em São Lourenço,contribuiu para que ambos, anos mais tarde,assumissem com muita convicção o espiritismo kardecista. Aliás, aqui mesmo, no grupo, vocês caros primos e Tia, analisem aspostagens que são feitas pelo Augusto Daniel, e vejam o quanto elas refletem o grau de influência e comprometimento dele com o espiritismo kardecista.
Sobre as luzes que apareciam à noite no São Lourenço
Nesta postagem a pergunta que faço é: será que aquelas luzes que apareciam durante todas às noites no São Lourenço, continuam aparecendo? Q...
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Hoje tive a grata satisfação de passar em frente ao Educandário Espírita Allan Kardec de Dourados, diga-se de passagem, as suas instalaçõe...
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No São Lourenço, município de Caarapó, nos anos 1960 e 1970, ouvi muitas vezes as pessoas se referirem ao carrapicho - uma planta que produz...
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Ribeeeeiros, nesta postagem, a viagem nostálgica terá como foco, a lendária e inesquecível, Escola Rural Mista de São Lourenço. Esta Escola,...