segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A PEDALADA AO BARREIRINHO

 Neste domingo, eu e o Paulinho (meu irmão) pedalamos até o Barreirinho, percurso de 26 km, de onde moramos (Dourados) até a casa do Mauro Luiz, o qual mora no Barreirinho, na parte localizada em Fátima do Sul. O Mauro, os primos e primas, Família Ribeiro que estudaram na Escola Estadual Frei João Damasceno, em Nova América (Caarapó-MS), na década de 1970, sabem muito bem quem é. Atualmente ele é proprietário de um sítio de 11 alqueires no Barreirinho. 

O Mauro tem a preocupação de manter a vegetação original que ainda existe. Ele explicou que ao comprar esta propriedade em 2002, plantou diversas árvores nativas e desta forma ampliou a área da propriedade com a vegetação nativa. O Mauro está pleiteando junto ao governo estadual uma parceria para desenvolver agroecologia, porém, as negociações avançam muito lentamente, fato que ele lamenta.

Fomos no domingo, pernoitamos na casa dele, e nesta noite, fizemos uma viagem ao passado, e claro, jogamos muita conversa fora. Também falamos do presente, avaliamos o contexto político e demos uma vitaminada em nossa amizade para com o Mauro e Família.

A seguir algumas fotos que registramos durante percurso e também junto com o Mauro. O Barreirinho para quem sabe foi palco da reforma agrária ocorrida na região da Grande Dourados, durante o governo de Getúlio Vargas, na Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). O decreto de criação desta Colônia se deu em 1943.

Importante frisar que apesar de muitos assentados terem vendido a sua propriedade, alguns ainda persistem e mais interessante, muitas casas são muito antigas, construções de madeira, telhas antigas, formato das casas com quatro águas, e os travessões ou linhas cortando-as.

Penso que as administrações dos municípios abrangidos pela Colônia Agrícola Nacional de Dourados, os prefeitos e vereadores das mesmas devem pensar em uma legislação dando algum tipo de incentivo que leve as proprietários dos sítios,  nos quais,  as casas antigas ainda existam,  a revitalizá-las, restaurá-las e não alterá-las ou demoli-los, possibilitando manter viva, em parte da Colônia, viva a história original da mesma. 

Eu e o Mauro, monumento que ele providenciou 
em frente a sua casa (uma carreta de boi)

Uma parada na pedalada para 
registrar um de seus momentos



Outro momento de parada 
da pedalada para registro



Outra parada para registro e reidratação
A noite, casa do Mauro, durante o jantar:
 Enio, Mauro  e no lado oposto da mesa, 

Jessé, o caseiro do Mauro

Outro registro em um dos travessões do Barrerito

Não resisti e pousei para uma foto
 sobre a carreta



Eu o Mauro

Pesqueiro do Mauro

Assim era o lavrador

Nos anos 1960, 1970 e 1980, quem exercia as atividades agrícolas era denominado de lavrador. Naquele período quase todas as atividades agríc...