segunda-feira, 23 de julho de 2018

SOBREVIVER EM SÃO LOURENÇO UMA HISTÓRIA E TANTO.

Ribeiros, Ferreiras, Oliveiras, Costas, Daniéis, Gabrieis, Lopes, Ricardis famílias que escreveram uma página muito sofrida, é verdade, mas simultaneamente muito bonita e heróica no processo de desbravamento e civilizatório de um lugar denominado São Lourenço, nas décadas de 1950, 1960 e 1970.
 O que tenho a dizer sobre esta história é que o espírito de cumplicidade, solidariedade e a capacidade demonstrado pelas famílias camponesas residentes em São Lourenço para vencer tantas adversidades, agora que estamos em 2018, Século XXI, não parece crível.
O isolamento quase total de São Lourenço em relação as cidades de Caarapó e Dourados, a prestação precária de serviços básicos nos setores de saúde, educação, abastecimento popular, lazer, etc, exigiu uma auto-organização destas famílias, ouso dizer que tantos fatores adversos, se constituíram em matéria-prima para os camponeses vencerem tantas adversidades e para que se tornassem, agora parodiando, Euclídes da Cunha, em o Sertão, antes de mais nada em homens fortes .
Tantas e tamanhas foram as adversidades  que uma divisão social do trabalho foi parida, por incresça que pareça (rsrsrs) exatamente como consequência de tantas e tamanhas adversidades. 
Talentos e talentos foram revelados e avanço exemplos: na educação, Ildefonso e Maria Sinhá, professores na Escola Rural Mista de São Lourenço deram um show de competência; no esporte Epifânio, Edson Daniel, Antônio Costa, Ildefonso, etc,  organizaram equipes de futebol e proporcionaram momentos inesquecíveis de alegria para os camponeses; na área de saúde não poderia deixar de citar os inestimáveis serviços prestados  por Purcina, Ildefonso, as parteiras Filisbina, Dona Joana, Maria Sinhá, que se constituíram numa espécie de agentes de saúde e graças a eles muitas vidas foram salvas; na religião (espiritismo kardecista) notável foi o trabalho desenvolvido por Ildefonso, Antônio Costa, Antônio Ribeiro, João Lopes cujas ações foram, inegavelmente, decisivas para que em São Lourenço  não tivesse sido vitimada por um quadro de depressão coletiva.  O suporte psicológico-religioso, aos camponeses, mesmo aos que não eram espíritas kardecistas, foi vital  na medida que evitou que os camponeses sucumbissem diante de uma realidade extremamente adversa e cruel; 

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