quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

O AVANÇO DAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS PARA O CENTRO OESTE BRASILEIRO E A FAMÍLIA RIBEIRO

Pulcina e Augusto Ribeiro
De acordo com registros feitos por Idelfonso Ribeiro, um dos filhos de Augusto Ribeiro, em sua obra: "RETRATO DE UM SONHO". 1999, Augusto Ribeiro e Pulcina Ferreira, vieram para o então Estado Mato Grosso, no ano de 1954, e se instalaram       em Itaporã então Distrito de Dourados, atraídos pela propaganda oficial, de que aqui as oportunidades de as pessoas prosperarem eram enormes, graças a fertilidade das terras. 

Em Itaporã, em 1923 foi implantada a Colônia Agrícola Municipal de Dourados, área ampliada em 1943,  já que o então Presidente da República, Getúlio Vargas, criou através de decreto, a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), abrangendo os então distritos de Dourados:  Deodápolis, Vila Brasil (atual /Fátima do Sul), Glória de Dourados e Douradina.

No entanto, Augusto Ribeiro e Pulcina, ficaram apenas cerca de 06 meses em Itaporã, já que compraram terras em São Lourenço, localizada em Caarapó, então Distrito de Dourados.Todavia, fica claro pela narrativa de Idelfonso Ribeiro que a vinda da Família Ribeiro para o Mato Grosso ocorreu estimulada pela política oficial brasileira, denominada a Marcha para o Oeste Brasileiro. O instrumento utilizado pelos governantes foi a implantação da Colônia Agrícola Nacional de Dourados e também a criação do Distrito Federal de Ponta Porã.

Augusto Ribeiro e Pulcina, embora, não tenham ganhado terras na Colônia Agrícola, ainda assim, se incluem na grande leva de nordestinos que pra cá vieram atraídos pela Reforma Agrária feita em Dourados, a qual, diga-se de passagem, potencializou Dourados, uma simples Vila, transformando-a na segunda cidade do Estado e a Região da Grande Dourados  na capital econômica de MS. 

Lembrete: em 1978, com a criação do Mato Grosso do Sul, a região retratada passou a fazer parte deste novo Estado.

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