Graças a contribuição da Lurdes, que forneceu duas, das três fotos aqui postadas, e, cuja referência criada por ela mesma, é: Direto do "Túnel do Tempo", exatamente por serem fotos bem antigas e com as quais, pretendo fazer, por assim dizer, um banquete com uma coxinha de beija-flor, isto é, produzir uma narrativa e quem sabe uma pequena história. Então vamos ao que interessa.
O Tio Celso, o mais velho dos irmãos, de vez em quando, utilizava frases engraçadas, folclóricas mesmo, tais como: "eu sou homem até cagando", Esta frase,anos mais tarde, ele a refomulou, em virtude de uma apendicite que teve no início dos anos 1970. Tio Celso a reelaborou nos seguintes termos; "olha eu descobri que não sou homem cagando coisa nenhuma". Assim se expressou porque sofreu muito com esta doença, inclusive, ficou internado por um longo período em um hospital em Dourados, não sei dizer qual, e chegou a supor que não sairia vivo. Outra frase dele: "se começar a revolução socialista, podem contar comigo. Pego a minha cartucheira e vou pra luta".
Outra curiosidade, o Tio Celso e o meu Pai, por muitos anos, ficaram sem dirigir a palavra um ao outro. Interessante é que ambos diziam não ser inimigo um do outro, mas, o orgulho de ambos, os impedia que dessem o primeiro passo e restabelecessem o diálogo. A apendicite, pelo menos, neste aspecto foi muito positiva pois, o meu pai foi visitar o Tio Celso, e a partir de então voltaram a conversar numa boa.
Interessante registrar que tanto o Tio Celso, quanto o meu pai, apesar do desentendimento entre os dois, gostavam muitos dos sobrinhos, o meu pai tinha muito carinho pela Marlene, Socorro, Lurdes, Marluce, Sandra, Maísa e o Argemiro e o Tio Celso por mim, o Alberto, o Paulinho e a Alcione.
E aqui, mais uma lembrança do túnel do tempo. Refiro-me a decisão do meu pai em plantar trigo, animado com a propaganda governamental resolveu plantar este produto. E na colheita desta lavoura, as meninas e o Argemiro, ou seja,a Família de Celso Ribeiro, em sua quase totalidade foi contratada como diarista para a colheita do trigo.
Eis aí uma foto com as filhas do Tio Celso e de quebra
a Solange, uma de suas sobrinhas.
O valor da diária, reitero, não era tão estimulante, mas era o que meu pai avaliou que podia pagar, e as meninas e o Argemiro, avaliaram que não eram o que queriam, mas não tendo uma remuneração melhor, acabaram por aceitar.
Me lembro que para a Marlene ser uma campesina, não era nenhum pouco atraente. Era notório o seu descontentamento. Não acaso, não tendo condições de fazer o curso ginasial regular - hoje corresponde as séries finais do ensino fundamental do 6º ao 9º ano - fez madureza ginasial pelo Instituto Universal Brasileiro, conquista que a encorajou, logo depois, a mudar-se para Dourados, onde fez o ensino médio (denominado naquele período de 2º Grau) e em seguida graduou-se em advocacia. Fez também um concurso para a Caixa Econômica Federal. As suas irmãs e o Argemiro acabaram vindo para a cidade.
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