Nas décadas de 1960 e 1970, Nova América - fundada em 1963, distrito de Caarapó (MS), uma Vila, que naquela "quadra" histórica poucas opções de emprego oferecia. Para ser mais preciso, existiam apenas duas serrarias pertencentes a duas Famílias, a saber: Piteri e Lupinette. Uma comunidade que dependia fortemente do extrativismo vegetal.
As demais famílias que quisessem viver em alguma atividade vinculada ao setor terciário, tinham como opção, se estabelecerem comercialmente por conta própria: bares, armazéns, borracharias, postos de gasolina, máquinas de beneficiar arroz, etc.
Todavia, a indústria madeireira, logo entrou em crise, devido dizimação das florestas. Em sendo assim, a Vila, igualmente entrou em crise. E a Nova América, nome que procurava passar a mensagem de que esta Vila, recém criada, seria tão próspera quanto aos Estados Unidos da América, obviamente, uma mensagem que não se concretizou.
Com a crise da indústria madeireira, partir da década de 1980, as famílias migraram em massa, quase que 100% das migrações se deram para Dourados. Muitas foram as famílias que desmancharam as suas casas, colocando a madeira num caminhão e chegando em Dourados, ergueram com as mesmas, suas novas, aliás nem tão novas, casas. Nova América, num primeiro momento, a partir da década de 1980, registrou um decréscimo populacional.
Porém, a partir dos anos 2.000, graças a indústrias, primeiramente uma indústria de óleo vegetal e depois a JBS (frigorífico), registrou um leve crescimento populacional; a chegada de energia elétrica e a construção de conjunto habitacional,também contribuiram um pequeno crescimento demográfico da Vila, porém, nada que se compare a pujança demonstrada, quando de sua fundação.
Mas nem por isso, Nova América, perdeu o seu encanto, para quem foi personagem protagonista ou não desta história. Nostalgicamente, comprovando a veracidade destas afirmações, me encontro fazendo este relato.
Detalhes 01: , em Nova América, as ruas eram nominadas com nomes de Países;
Detalhe 02: em São Lourenço, muitas das casas erguidas, o foram com a madeira produzida nas serrarias de Nova América;
Detalhe 03: Nos anos 1950, década em que a Família Ribeiro chegou ao São Lourenço, a madeira para construir as casas (tábuas, vigas e ripas), eram feitas com o famoso serrotão, um espécie de traçador. Esta ferramenta implica na produção tábuas, caibros e vigas despadronizadas, qual seja, tábuas com larguras e espessuras diferentes. O efeito estético não era tão atraente.
Praça atualmente existente em Nova América |
Detal
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