EM 1943, o então presidente Getúlio Vargas, assinou o decreto criando a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). Por conta desta reforma agrária em nossa região, dez mil famílias foram assentadas em Dourados, oriúndas de vários estados e regiões brasileiras: Minas Gerais, Goiás, São Paulo e milhares de nordestinos. Também imigrantes sírios, paraguaios, italianos e japoneses. Só de japoneses, graças ao acordo feito na época entre o governo brasileiro e do Japão, mil famílias foram assentadas em Dourados.
Pois bem, neste contexto, se inserimos nós, oriúndos de nordestinos. Os Ribeiros (Augusto Ribeiro, Purcina Ferreira e filhos) todos nordestinos que, no ano de 1954, se estabeleceram no município de Itaporã, então um distrito de Dourados. Seis meses depois foram morar em São Lourenço, Caarapó. Por outro lado, Luís Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano) e sua esposa Maria Rosa Oliveira, nascidos na Bahia, para cá se mudaram com os filhos. Este casal adquiriu terras em São Lourenço e para cá se mudou, sendo acompanhados pelos filhos.
Maria Rosa Oliveira (Maria Baiana)
Luis Antônio Oliveira (Luís Baiano).
Já morando em São Lourenço, Epifânio Ribeiro (meu pai) filho de Augusto Ribeiro e Purcina Ferreira conheceu Izaura Ribeiro de Oliveira (filha de Luís Baiano e Maria Baiana) com quem mais tarde começou a namorar e finalmente casou-se, e, desta forma um laço de parentesco e de amizade se estabeleceu entre as duas famílias (Ribeiro e de Luís Baiano).
O interessante é que no início, a minha avó paterna (Purcina Ferreira), não queria de jeito nenhum que o meu pai se casasse com Izaura, já que a imagem construída sobre o Luís Baiano, era a de ser muito ignorante e mau. Ignorante, sim, mau não. E a minha avó temia pela vida, naturalmente de seu filho, o Epifânio Ribeiro.
Purcina Ferreira e Augusto Ribeiro
Pois bem, Epifânio acabou se casando com Izaura, e entre as duas famílias se estabeleceu uma profunda amizade, respeito e muito afeto. Só para vocês entenderem o que estou a dizer, meus queridos primos, quando íamos visitar o Luís Baiano, éramos acompanhados por alguns dos irmãos de Epifânio e a vó Purcina. E lá chegando era difícil vir embora, porque o Luís Baiano não sabia o que fazer para que ficássemos por lá o máximo de tempo.
Lembrete: Luís Baiano, primeiramente morou em São Lourenço, depois em Nova América e finalmente no Saverá, próximo a Caarapó. onde comprou uma fazenda para qual se mudou juntamente com todos os seus filhos. E no início da década de 1970, comprou terras no muncipio de Cáceres,em Mato Grosso,
Nenhum comentário:
Postar um comentário