Famulus, uma lenda, uma estrela.
Observação: esta foto é de um outro trator da mesma
marca, modelo e ano, que capturei via internet,
no endereço eletrônico constante na mesma.
No ano de 1961, Augusto Ribeiro, comprou um trator Famulus (marca do trator), zero km. Este trator, embora produzido para o campo, em certos aspectos era semelhante a um carro já que era equipado com capota, para-brisas, compressor de ar para calibrar pneus, lampadas sinalização (virar à direita e a esquerda), só não possuía ar condicionado e volante hidráulico, a semelhança dos tratores atuais. Mas para a década de 1960 era um trator revolucionário, tecnologia de vanguarda mesmo. Também pudera, a marca era alemã.
Lembro a vocês, queridos parentes que, o Brasil ao final da década de 1950, passara a ter indústria automobilística , graças ao plano de metas (fazer cinquenta anos em cinco), sob o governo de Juscelino Kubitschek. Em verdade apenas montadoras e não fábricas estavam se instalando no Brasil. Não por acaso, neste período, qualquer carro que aparecesse nos pequenos municípios e zona rural do País, nas décadas de 1950 e início da de 1960, era um espetáculo a parte, a população parava suas atividades para recepcionar e ver o veículo.
Pois bem, em São Lourenço, o trator Famulus fora utilizado para o preparo da terra, passeio, transporte, socorro a doentes, etc. Era recorrendo a um jargão popular, um trator invocado. O motorista do mesmo, era o Tio Antônio.
Lembrando que o Tio ao dirigi-lo, inúmeras vezes, relaxava os músculos de tal sorte que os movimentos do seu corpo eram comandados pelos solavancos ou vibrações do trator devido aos buracos ou diferenças de nível existentes na estrada. O corpo do Tio se comportava a semelhança de um molejo, entenderam primos?
Quando se deslocava para Dourados, a rodovia BR-163 (naquela época não era asfaltada e era denominada de reta), ligando Dourados a Caarapó;Nos dias de chuva, este trator, inúmeras vezes rebocou carros que ficavam atolados nesta estrada, uma estrela.
Moral da história, por esta razão, este trator se tornou, uma lenda. Lenda que ficou mais significativa porque foi vendido, quando na verdade, a família Ribeiro deveria ter ficado com ele, e assim estaria de posse de uma relíquia de grande importância histórica para o São Lourenço.
Boa tarde. Posso utilizar seu texto e foto antiga do Famulus em meu blog ? www.tratoresantigos.blogspot.com A propósito o Famulus laranja da foto é daqui de minha cidade Itapolis SP
ResponderExcluirClaro que pode fazer uso da minha postagem, afinal de contas o Trator Fâmulus foi muito significativo em nossa comunidade, uma comunidade rural, nos anos 1960 e 1970. Sinto-me honrado e gratificado com o teu interesse.
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