No tempo que nós os Ribeiros, moramos em São Lourenço, anos 1950, 1960 e 1970, não existia internet, televisão e computador. O rádio, embora existisse, era utilizado de forma muito regrada, porque não havia o fornecimento de energia elétrica. Os rádios eram alimentados a pilha ou baterias, e o consumo era grande. Poucas eram as famílias que tinham um rádio e o uso dos mesmos, era feito de forma muito regrada, somente para alguns programas (notícias para alguns e ouvir música sertaneja para outros). As mulheres e as crianças, raramente tinham vez para ouvir um rádio.
Ah, ia me esquecendo, quando a seleção brasileira de futebol ia jogar, se alguma alma bondosa se dispusesse a liberar o seu rádio, reuniam-se muitas pessoas ao redor do mesmo, ou seja, era um verdadeiro espetáculo.
Dito isto, meus queridos parentes, uma das diversões, não tendo televisão, internet, computador e raramente um rádio, era contar causos.
E o primo Eduardo, era bom nisso. O causo que ele contava, por vezes era extremamente banal, todavia, a entonação de voz que ele adotava durante a narrativa, a gesticulação e a contração da face, movimento dos olhos, dos braços e das pernas, por si só, eram cômicos, o que conferia aos seus casos um certo encanto.
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