Em sua obra "RETRATO DE UM SONHO" , Ildefonso Ribeiro assim textualmente assim se expressou..."até a escritura definitiva de metade das terras foi transferida para meu pai, a fim de que ele pudesse contrair empréstimos ao Banco do Brasil para a formação de pastagens e plantio de arroz. Só existia o Banco do Brasil em Maracajú. Para meu pai três dias de viagem, porque tinha de ir a cavalo até a fazenda do Sr. Antônio Figueiredo, onde deixava o animal. Dali ia à pé até a estrada Dourados/Caarapó, numa distância de uns 04 quilômetros, onde pegava a jardineira do pioneiro, Antônio Mineiro, que fazia aquele percurso todos os dias. De Dourados à Itahum ia de caminhão. Lá embarcava no trem da NOB (Noroeste do Brasil) para chegar em Maracajú, Essas viagens eram constantes, porque um empréstimo bancário dependia de muitos ajustes e pareceres técnicos dos responsáveis pela liberação dos créditos aos que trabalhavam em atividades no campo."
Transcrevi este texto de Ildefonso Ribeiro, para que vocês, parentes consigam dimensionar o desafio enfrentado pelos Ribeiros e demais camponeses em São Lourenço para para lavrar àquelas terras.
Também reproduzo aqui o teor de uma conversa telefônica que tive ontem com Augusto Daniel, em que ele disse "o vovô era um dos poucos que recorria aos serviços de um banco". A dedução de Augusto Daniel é de que, o vovô era um dos poucos camponeses que possuía algum dinheiro para movimentar uma conta bancária. Acrescento ainda que outras duas deduções devem ser tiradas:
1º) a Família Ribeiro em relação aos demais camponeses era mais moderna, a ponto de não ter receio de lidar com o banco. Muitas pessoas, preferiam guardar dinheiro no colchão a colocá-lo no banco;
2º) porque vovô entendeu que se não recorresse aos financiamentos, impossível, seria desbravar as terras que possuía em São Lourenço;
Obervação 1: quando digo vovô, estou me referindo a Augusto Ribeiro;
Observação 2: Lá em São em Lourenço, reproduzindo uma tradição camponesa, os filhos, netos sobrinhos sempre se referiam aos pais, dizendo: papai e mamãe; aos avós dizendo vovô e vovó; e aos tios: titio, titia.
Obervação 1: quando digo vovô, estou me referindo a Augusto Ribeiro;
Observação 2: Lá em São em Lourenço, reproduzindo uma tradição camponesa, os filhos, netos sobrinhos sempre se referiam aos pais, dizendo: papai e mamãe; aos avós dizendo vovô e vovó; e aos tios: titio, titia.
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