Estava aqui observando a foto desta vaca atolada, não estou me referindo a um tipo de prato e sim a uma vaca literalmente atolada, e imagens de 50 anos atrás me vieram a memória, de um lugar muito especial pra mim, o São Lourenço, onde passei maus e bons momentos, mas extremamente significativos.
Pois bem, vamos ao que interessa. Lá em São Lourenço cultivávamos o arroz de várzea, os camponeses utilizavam o termo pururuca e não várzea. Áreas que por vezes se apresentavam inundadas, obrigando os camponeses drená-las para cultivá-las. A drenagem se dava abrindo- se valetas, as quais davam vazão a água.
Nestas áreas eram comuns os olhos d´água (nascentes),nas quais, desavisadamente, muitas vacas, por vezes, entraram e atolaram-se nas ditas nascentes. Para tirá-las, um sufoco, já que não havia corpo de bombeiros, caminhão guincho. Muitas vezes quando os camponeses davam conta da vaca atolada já havia passado um dia ou mais. Recorria-se ao método mais bruto, porém, possível, envolver a vaca com uma corda e puxá-la. eEm alguns casos, isto era feito por vários homens, em alguns casos com o velho e famoso trator Fâmulus. Quando a vaca estava atolada há pouco tempo, uma simples movimentação provocada da mesma, era o suficiente para que ela conseguisse sair andando e tudo ficava bem. Mas houve, não poucos casos, que a vaca estava atolada há vários dias, portanto entrevada, logo tirá-la só arrastando, claro que isso as machucava.
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