A vinda de Augusto Ribeiro, Purcina Ferreira e alguns de seus filhos para o então Estado de Mato Grosso, no ano de 1954 - primeiramente para Itaporã, Distrito de Dourados e depois para o São Lourenço, Caarapó, outro Distrito de Dourados -. se insere no Plano do Governo Federal de expandir as fronteiras agrícolas em direção ao Centro-Oeste Brasileiro, cujo objetivo, basicamente eram dois:
1º) garantir a integridade das fronteiras nacionais em relação ao Paraguai, objetivo que ficaria facilitado com uma maior densidade populacional, representada pelos milhares de camponeses que pra cá vieram para terem um sonhado pedaço de terra. No caso da região de Dourados, primeiramente a iniciativa se deu com a criação em 1923, da Colônia Agrícola Municipal em Itaporã, nesta época, distrito de Ponta Porã, haja vista que Dourados veio a tornar-se município somente em 1935. Num segundo e mais arrojado momento, o governo federal, em 1943, criou a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). Para a CAND vieram dez mil famílias (nordestinos, mineiros, paulistas, paraguaios e japoneses;
2º) o segundo objetivo do governo federal foi diminuir o poder político e econômico da Companhia Mate Larangeiras, cujo território, conforme mapa acima abrangia quase que a metade do atual território de Mato Grosso do Sul.
A Marcha para o Oeste, figuradamente falando, "uma paulada pra matar dois coelhos", no caso, se prevenir de um possível avanço paraguaio sobre as nossas fronteiras e reduzir o poderio da Companhia Mate Larangeiras.
A campanha publicitária feita pelo governo federal de Getúlio Vargas, foi bem sucedida, razão pela qual, atraiu centenas de milhares de brasileiros oriundos de outras regiões do País, especialmente de nordestinos, inclusos, aí os Ribeiros.
Reitero que os Ribeiros na década de 1950, não exerciam a profissão de lavradores, todavia, a propaganda oficial e também de nordestinos amigos ou conhecidos da Família Ribeiro, vindos pra colônia antes de Augusto Ribeiro, foi tão sedutora e decisiva para atrair os Ribeiros. Tanto que, no ano de 1953, Augusto Ribeiro veio conhecer a colônia agrícola de Itaporã, e em 1954, acabou vindo para Itaporã, onde ficou por cerca de 06 meses, e, depois acabou indo para São Lourenço, onde comprou uma fazenda, denominada de Fazenda Rincão da Confiança e os seus filhos adquiriram sítios de vinte alqueires, exceção feita, a Tia Antônia e ao Tio Miguel Daniel que adquiriram uma propriedade menor, no caso totalizando cinco alqueires.]
Em são Lourenço os Ribeiros, diga-se de passagem, tiveram um penoso e difícil aprendizado de práticas agrícolas e, ouso dizer, um aprendizado parcial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário