domingo, 27 de março de 2022

O CASAMENTO DE EPIFÂNIO

 Assisti o casamento do meu pai, Epifânio Ribeiro, aliás o segundo, com a Lurdes Gabriel, ano de 1966.

No ano de 1966, o cartorário, Manoel Pinheiro, se deslocou de Nova América até o São Lourenço para oficializar o casamento. O Cartório funcionava em Nova América e o Manoel Pinheiro era o Tabelião. Aliás, grande parte dos primos tiveram seus registros de nascimento redigidos por Manoel Pinheiro. Quando digo redigido é porque o registro era feito de forma manuscrita.

 A cerimônia ocorreu na casa de Augusto Ribeiro e Pulcina Ferreira,em uma sala relativamente ampla, existente na mesma. Alguns convidados se fizeram presentes. O evento, embora, bem simples, não se resumiu ao contrato. Me recordo do meu pai, emocionado, o rosto todo corado em alguns momentos.

E a Lurdes Gabriel, uma menina, com apenas 16 anos, casou-se com o meu pai, que tinha praticamente o dobro da idade dela e de quebra ainda teve que ajudar Epifânio Ribeiro a criar Eu e o mano, Alberto Ribeiro.

Hoje, com o distanciamento que o tempo permite reconheço que a Lurdes Gabriel pegou uma tarefa pra lá de difícil, o Edson Daniel se estivesse vivo e fosse provocado a opinar, creio eu, diria: a Lurdes Gabriel pegou uma “parada federal”. Fica aqui a minha gratidão a Lurdes Gabriel.

sábado, 19 de março de 2022

CENTRO ESPIRITA ALLAN KARDEC, CASA ESPÍRITA QUE FEZ HISTÓRIA.

 

Rgistro fotográfico, provavelmente entre 1969 e 1970 de
pessoas que participaram de atividade realizada no Centro Espírita Allan Kardec.  Registro  feito pelo
Sr. Domingos.

A foto acima enviada pelo Sr. Domingos, um cidadão que nas décadas de 1960 e 1970, trabalhou no São Lourenço, para Miguel Daniel – lavoura e máquina de arroz -, me trouxe recordações do tempo em que eu, ainda criança, há cerca de 50 anos ou mais, na qual, aparecem pessoas que participaram de uma atividade no Centro Espírita Allan Kardec, Casa Espirita fundada informalmente, por volta de 1956 e formalmente, em 28 de fevereiro de 1964, conforme cópia abaixo do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, publicado em 15 de março de 1966. O Centro Espírita Allan Kardec, sediado em São Lourenço, Caarapó, atualmente não mais existe.

Extrato do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso,

Março de 1966


A foto  não permite a identificação de todas as pessoas, mais ainda asssim é registro valiosíssimo relativo a esta Casa Espírita que cumpriu papel muito importante em São Lourenço e na Região da Grande Dourados.

Em São Lourenço, a importância deste Centro foi enorme, até porque, não existiam igrejas de outras religiões. Em sendo assim, a maioria dos camponeses, embora católica,  frequentava o Centro Espírita Allan Kardec por motivos diversos: encontrar  amigos, inteirar-se dos problemas e preocupações dos camponeses, incorporar os ensinamentos espíritas,  ter mais resignação e resiliência às inúmeras adversidades que a vida em um sertão, a realidade do São Lourenço, neste período, apresentava; outros a frequentavam simplesmente por lazer, mas não importa, o fato é que esta Casa Espirita cumpriu funções sociais relevantes .

Já para a territorialização do movimento  espirita kardecista na Região da Grande Dourados foi muito importante, até porque, os seus dirigentes , apropriaram-se da forma muito fidedígna dos pressupostos teóricos do Espiritismo Kardecista, e por conta disso, tornaram-se referências em toda  Região da Grande Dourados  e no trabalho de propagar e consolidar o espiritismo kardecista na Região da Grande Dourados. O Centro Espírita Allan Kardec somou-se aos  Centros Espiritas, Santo Agostinho, sediado em Liberal e  Centro Espírita Amor e Caridade, sediado na Cidade de Dourados, tríplice aliança que impulsionou de forma qualificada a propagação do espiritismo em Dourados e Região.

Muitos dos espíritas, vítimas do êxodo rural,  verificado em São Lourenço, migraram para Dourados e incorporaram-se às casas espíritas kardecistas já existentes na Cidade. Posteriromente, muitos deles, fundaram outras casas,  não raro, assumindo , nas mesmas, a condição de dirigentes. Aproveito para citar alguns nomes:  Antônio Ribeiro, Ildefonso Ribeiro, Antônio Costa, dentre outros.

Aproveito para relatar ainda que rapidamente que o casal Luis Carlos Ribeiro e Lurdinha, que residiu em São Lourenço e muito ativo no Centro Espírita Allan Kardec. Lurdinha era e é evangelizadora. Este casal veio morar na cidade de Dourado, e, anos mais tarde,  acabou por desenvolver atividades evangelizadoras no Município de Caracol, e neste Município, o casal   fundou a CASA ESPÍRITA LUZ E PAZ CHICO XAVIER, ano 2009, e a Lurdinhafoi a primeira Presidente desta Casa, exemplo inequívoco da  contribuição de espíritas oriundos de São Lourenço para a territorialização do espiritismo kardecista por toda a região da Grande Dourados.

O Centro Espírita Allan Kardec, embora estivesse localizado em meio a um sertão, sediou nas décadas de 1960 e 1970, encontros de âmbito estadual, nos quais se fizeram presentes dirigentes espíritas, inclusive da Federação Espírita Brasileira.  

Quem quiser contar a história e a evolução do espiritismo kardecista em Dourados e região, inevitavelmente terá que se referir a Casa Espírita Allan Kardec, sediada em São Lourenço e que protagonizou momentos inesquecíveis e significativos para esta religião . 

   

 A foto postada no 

início desta postagem, registro relacionado ao Centro Espírita Allan Kardec, foi feita por Domingos, foto acima, ao lado de sua netinha.

quinta-feira, 3 de março de 2022

O REENCONTRO COM DONA JOANA.

 Ontem postei aqui a visita que recebi do Domingos, Lecyane e a Maria, em minha casa e que fomos até a casa da Efigênia. O Domingos, saindo da casa da Efigênia foi até a casa de Dona Joana, ao lado de quem tirou uma foto, para registrar um reencontro de aproximadamente 50 anos, já que trabalhou para a Família Daniel, em São Lourenço, de onde mudou-se ainda nos anos 1970, e desde então nunca mais a visitara, ele que atualmente mora em Mundo Novo (MS). 

No entanto o Domingos, saiu muito triste porque a Dona Joana, devido a idade e encontra-se com mal de alzheimer e, em sendo assim, dele não se lembra mais.Porém registrou este reecontro com estas duas fotos, uma delas só ele e a Dona Joana e a outra com os filhos dela, Roberto e o Primitivo. 

Dona Joana e o Domingos


Da esquerda para a direita: Domingos, 
Dona Joana, Primitivo, Roberto e a Maria

Em resumo, um reencontro muito emocionante para o Domingos, em razão de fazer muito tempo que não via a Dona Joana e do estado de saúde dela.

quarta-feira, 2 de março de 2022

0 REENCONTRO COM O PASSADO QUE CONECTA COM O PRESENTE

 Da esquerda para a direita: Ducha (esposo da Efigênia), 

Efigènia, Maria (irmã do Gileno), Domingos, Enio

Hoje tive a grata surpresa de receber em casa, o Domingos, a sua filha Lecyane e a Maria. O Domingos anos 1970, trabalhou na lavoura, naquele período histórico - popular peão - para a Família Daniel e também cuidava da máquina de arroz que a Família Daniel instalou em São Lourenço. Hoje ele mora em Mundo Novo e é aposentado. Já a Lecyane, sua filha, mora em Dourados e trabalha no SENAI, prestando consultoria técnica para as indústrias de vestuário, inclusive, as de fundo de quintal.

Eles haviam passado na casa do primo Eduardo, o qual, por sinal está bem doente, conforme me informaram e se dirigiram até a minha casa para que os levasse até a casa da Efigênia, a filha do Seo João Batista e que morou também em São Lourenço. Felizmente eu estava com folga e depois de algumas erradas, encontramos a casa da Efigênia.

Embora não tenha me demorado muito, foi muito gratificante a visita. A Efigênia e o Ducha, o seu marido, nos receberam com muito calor humano, sinal de que a convivência em São Lourenço foi e é significativa para todos nós. Reclamaram porque fiquei pouco tempo, Mas isto faz parte da vida.

QUEM SÃO OS PERSONAGENS?

O Domingos trabalhou em São Lourenço e, aliá, disse que tem muita saudades das experiências que lá viveu, e que, qualquer dia vem me visitar para conversarmos e relembrarmos os velhos tempos de São Lourenço. Atualmente mora em Mundo Novo, e acreditem, é um idoso elegante;

A Lecyane, sua filha, trabalha no SENAI, muito dinâmica e simpática e mora em Dourados. A conheci cerca de 5 anos atrás, quando solicitou que a levasse até a casa da Efigênia - acreditem - a Efigênia é portanto, a responsável por este agradável reencontro com o Domingos e de eu ter conhecido a Lecyane e a Maria. A Lecyane trabalha no SENAI há quase 20 anos, prestando consultoria técnica  aos fabricantes e e comerciantes de vestuários, especialmente os pequenos e médios.

Já a Maria, é irmã do Gileno, um sergipano que morou nas terras do Seo Agostinho, nos anos 1970, e com o qual, eu, o Alberto e mais alguns dos nossos primos estudaram. A Maria, é prima sanguínea da Maria, a esposa do Eduardo. Resumo da ópera, estávamos todos em casa.

O reencontro com o Domingos, conectou o passado com o  presente, na medida em que conheci a sua filha, a Lecyane e Maria, tia de Lecyane. Simples assim, mas real!!!

Nesta foto,em destaque, a Lecyane, filha do 

Domingos.






Assim era o lavrador

Nos anos 1960, 1970 e 1980, quem exercia as atividades agrícolas era denominado de lavrador. Naquele período quase todas as atividades agríc...