Por ser hoje, 10 de maio, o dia que o querido primo,
Edmilson Daniel aniversária, aproveitei pra relatar algumas das presepadas
deste “menino” no inesquecível São Lourenço, lugar que apesar da vida dura,
difícil, ainda assim nos deixou saudades e um dos motivos desta saudade, as
brincadeiras feitas pelo Edmilson. Vamos a elas:
1) A GOZAÇÃO
COM OS BAIANOS: Edmilson, conforme, tantas vezes aqui relatado, ele
aporrinhava eu o e o Alberto, nos chamando, o Alberto de Baianão e eu de
Baiano. E não satisfeito, dizia: um baiano sozinho, é um côco; dois baianos,
uma conversa cumprida; 03 baianos, um comício na avenida e, ato contínuo dava
aquela risadinha de pessoal presepeira. Lembrando que nos anos 60 e 70 ser
chamado de baiano tinha conotação negativa, diferente dos dias atuais que, os
brasileiros copiam e se inspiram nos baianos, em especial, no setor cultural.
2) A IDA ATÉ O ARMAZÉM DO VOVÔ: eu e o Alberto, frequentemente, íamos, às vezes,
buscar, açúcar, óleo, querosene, farinha de mandioca, etc, no armazém do vovô;
outras vezes, bater perna, pura e simplesmente. Neste percurso, tínhamos que
passar em frente a casa do Tio Miguel, e inúmeras vezes, o Edmilson estava lá
e, ao nos ver, dizia baiano “pera aí” um pouquinho, preciso falar com vocês, se
estivéssemos os dois juntos ou você, estivesse apenas um de nós dois. Nós, já desconfiados dizíamos, já sabemos o que você
quer: e ele dizia, não, é coisa séria, me escutem. Pelo sim, pelo não,
voltávamos e íamos até ele, repetia a
pegadinha;
3) OUVIRAM DO
IPIRGANGA, A PEGADINHA: outras vezes, ele dizia, ou Baiano ou Baianão, e
quando olhávamos para perguntar o que era, ele zombeteiramente, continuava “ouviram
do Ipiranga, as margens plácidas... e caía na gargalhada por nos ter feito vítimas de mais uma de suas
pegadinhas. E arrematava: não falei nada...podem ir!
4) CERIBOBÉIA:
ele também usava muito a palavra Ceribobéia, a qual, significava muita coisa e
ao mesmo, não significava nada. Utilizava esta palavra para
desconversar..mostrar estar admirado diante de alguma coisa...para fazer gozação...para fazer
graça, et.
5) O NOSSO PULA
PULA: história envolvendo o Edmilson, nós, os primos costumávamos, diariamente,
tomar banho no córrego São Lourenço, num lugar em que este córrego fazia uma
curva porgue, colocada uma barreira
utilizando pedras e troncos de árvores, e em sendo assim, o nível da água
subia, e a profundidade do córrego ficava bem maior, possibilitando a natação.
Chamávamos este lugar de Poção. Aliás, os primos: Manoel Renato, Ribeiro,
Augusto Daniel, Argemiro, Augusto Ribeiro, o Toinho, Eu, o Alberto, o Iltão e
outros primos, bem como camponeses lá residentes, aprendemos, a nadar neste
córrego.
Ocorre que o trajeto para chegar até o Poção, nos
obrigava a passar por dentro do sítio do Tio Antônio, em meio plantações de
arroz. E num determinado anocaiu , uma árvore remanescente, cujo tronco ficou a
uma altura de uns 2 a 3 metros do chão.
E nós, então, subíamos nesta árvore e pulávamos. Não precisa dizer que
estávamos matando a plantação de arroz nas proximidades deste tronco. E o
Edmilson, participava desta folia. Todavia, um belo dia, o Tio Antônio estava à
espreita e nos flagrou, e nos dirigiu a palavra, muito furioso,claro. O
Edmilson não gostou e ficou bravo, discutiu com o Tio. Mas é certo que o Tio
Antônio estava com a razão.
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