Relato aqui uma experiência vivida por Mim, o Alberto e o Manoel Renato, acredito que há mais de 50 anos atrás, no velho, bom e saudoso São Lourenço, numa quinta feira santa, portanto, véspera de uma Sexta Feira da Paixão, numa noite, deveras escura, haja vista que a Lua não deu as suas caras.
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Enio e Manoel Renato Esta foto é um registro da comemoração dos 90 anos de vida da Tia Maria Sinhá, quando tive a honra de confabular com este grande primo e camarada, o Manoel Renato. |
Por volta de 10 ou 11 horas da noite, naquela encruzilhada da estrada que dava acesso a casa do Tio José, a Casa do Vovô e da Vovó, ao Cerrito e as Casas de Epifânio e do Tio Celso, nela mesmo, acreditem, estávamos confabulando sobre a Sexta Feira da Paixão, sobre crendices e narrativas, nunca confirmadas de que quem trabalhasse neste dia, ou fosse desrespeitoso, algo muito ruím poderia ocorrer a esta pessoa.
Não preciso argumentar muito para quem leia esta postagem, seja convencido de que todos, sem exceção, estávamos muito ansiosos e eu me arrepiava todo. Porém, mesmo com medo, a conversa rolou por cerca de mais de duas horas, e pasmem, estávamos em pé.
Lembrando que a escuridão era semelhante ao "Breo das Tocas", não passava ninguém e de vez em quanto, ouvíamos uma coruja cantar. Quer cenário mais alucinante. Mas a verdade é que me marcou muito e aproveitando que estamos na véspera de mais uma sexta achei oportuno fazer este relato.
Mesmo que seja irrelevante, parodiando Fernando Pessoa, setencio: "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena"
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