sexta-feira, 29 de junho de 2018

LEANDRO, VOCÊ NASCEU COM PROBLEMAS

Queridos parentes, uma foto do meu irmão, o Leandro, o filho caçula de Epifânio Ribeiro. O meu pai, cometeu um grande descuido e não é que este menino tomou um rumo errado na vida, qual seja, torcer para o São Paulo. Os demais filhos de Epifânio são todos torcedores dos times cariocas. 


Leandro quando criança


Leandro e a sua esposa Aline, os dois muito brevemente aguardam o nascimento do primeiro filho.

EDUCANDO A CRIANÇA A SER PATRIOTA OU A SOFRER?

 Lorraine, o seu filho, Bernardo e o seu Marido, o Herbert. Quero aqui fazer a seguinte pergunta, Lorraine: vocês estão educando o meu neto a ser um patriota ou  a sofrer desde cedo? Estou no aguardo da resposta.


domingo, 24 de junho de 2018

BAIANO E BAIANÃO


Nos anos 1960 e 1970, período que morávamos em São Lourenço, o preconceito contra nordestinos no Centro-Sul do País era muito maior do que é atualmente.  A causa de toda esta animosidade que contrapõe nortistas e sulistas  (popularmente  a divisão regional brasileira se reuduzia a região Norte e Sul, isto durante praticamente todo o Século XX). 
A sociedade brasileira em meados do Século XX era predominante analfabeta, especialmente no meio rural, assim sendo, desconhecia a divisão regional adotada pelo IBGE e ensinada nas escolas, quais sejam,  Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. 
O povão reduzia o Brasil a duas regiões: Norte e Sul, Aliás, a música " A TRISTE PARTIDA", interpretada pelo cantor nordestino, Luis Gonzaga, utiliza esta expressão,  em um trecho : "entonce o Nortista tão forte, vai ser escravo no Norte ou no Sul".
A causa deste preconceito e aversão recíproca entre os nordestinos e o Centro Sul do Brasil, historicamente, explica-se pelo fato de no Nordeste Brasileiro, no período colonial estar localizado o poder político econômico e político do País, ciclo da cana-de-açúcar. Não por acaso, a capital brasileira era Salvador. 
Todavia, a crise da atividade açucareira no Nordeste deslocou o poder político e econômico para o Estado de São Paulo, mais precisamente para a burguesia cafeeira. A partir de então foi estabelecido um clima de disputa pelo poder político e econômico no País. Da parte  do Nordeste a luta se dá visando recuperá-lo. No Centro Sul, liderado pelo Estado de São Paulo, a luta se dá no sentido de mantê-lo.
Por conta disso ao longo do tempo foi se construindo todo um discurso de preconceito e a discriminação tanto no Centro Sul como no Nordestre de uma região contra a outra. Não por acaso, no Nordeste, os nordestinos quando querem desqualificar alguém o chamam de Paulista. E no Centro Sul, quando se deseja desqualificar um nordestino, é só  chamá-lo de baiano.
No Sul do antigo Estado de Mato Grosso, atualmente Estado de Mato Grosso do Sul, o qual sofreu um colonialismo cultural paulista, não por acaso a maioria dos seus habitantes torcem para os times paulistas, enxergam São Paulo como Estado Modelo, e claro, reproduzem o preconceito contra nordestinos.
Trazendo esta discussão para o contexto doméstico, ou seja, o São Lourenço, quando o desejo era desqualificar alguém que cometia um erro, expressava um ponto de vista equivocado,etc.,  dizia-se: "você parece que é baiano". 
O carrapicho, uma erva daninha e espinhosa e até certo ponto odiada, não por acaso, é conhecida popularmente como "bosta de baiano".
Logo ser apelidado de baiano em nosso Estado era constrangedor. E eu e o Alberto por sermos netos de Luis Baiano (meu vô realmente nascera na Bahia),fomos carimbados com os  apelidos:  Enio(Eu, de Baiano e  o Alberto ,Baianão, verdade seja dita, nos sentíamos bastante constrangidos. No entanto, com o  passar do tempo aprendemos a administrar esta situação e, modéstia a parte, tiramos de letra.
 E vejam queridos parentes, como são as coisas, hoje, a Bahia exerce o papel de uma capital cultural do Brasil, especialmente, Salvador, na música, carnaval, etc. Atualmente ser denominado de baiano significa diante do novo contexto um elogio, "status" mesmo.  

quinta-feira, 21 de junho de 2018

VERA E FILHA

Registro bonito de ver, mãe e filha. O nome da mãe é Vera, da filha, preciso me informar. Mas não importa, o que interessa é que são as ramificações de um casal muito especial, José Ribeiro e Maria Sinhá. Da minha parte, queridas primas, gostei da imagem. Fui....


quarta-feira, 20 de junho de 2018

MAIS UM REGISTRO

Este encontro ocorreu na casa do Alberto, em Caarapó. Temos da esquerda para a direita, Josefa (Jôse), o Daniel respectivamente esposa e filho de Enio Ribeiro, Enio e o Alberto. Este registro é cinco anos atrás.


HISTÓRIAS SOBRE AS COPAS



Em conversas que tive com o meu pai sobre  as Copas do Mundo realizadas nos anos 1950 e 1960, os relatos que ele fez é de que,  quado possível, os amantes do futebol as acompanhavam pelo rádio.Desnecessário dizer que nem todos tinham condições de comprar um rádio. E mesmo quando tinham, em virtude de serem alimentados com baterias e mais tarde com pilhas -  a oferta de energia era escassa -  quem possuía um rádio, utilizava com muito critério, em torno de meia hora por dia. Dificilmente alguém tinha um rádio para ouvir jogos. 
Sendo assim, as pessoas, não raro andavam quilômetros à pé, de bicicleta ou à cavalo até a casa de algum generoso cidadão que tivesse um rádio e que o disponibilizasse para ouvir transmissões desportivas. O meu pai, amante do futebol, era um dos raros cidadãos que possuía um rádio em São Lourenço e o utilizava para tais eventos, dentre eles, as copas. Havia muito ruído nas transmissões, mas ainda assim, as pessoas não desistiam de ouví-la, torcer e sofrer pelo Brasil.
Ele me relatou que o meu avô materno, o Luís Baiano, possuía um rádio, mas era expressamente proibido ouvir jogos no mesmo. Ocorre  que um dos seus filhos o Tio Lilo, um amante do futebol, desafiava o Luís Baiano e vinha para a casa do meu Pai, já que este casara-se com a sua irmã, a Izaura. Algumas vezes, o Tio Lilo, dormia na casa do meu pai, o que não agradava de jeito nenhum a Luís Baiano, mas o Tio o desafiava.
Já no início dos anos 1970, entrou em cena a TV branco e preto, não em São Lourenço, mas em Dourados. Todavia, as transmissões desportivas não eram realizadas ao vivo. Assistia-se ao videotape, isto é, uma gravação. No caso de Dourados, depois de aproximadamente duas horas do jogo realizado, o videotape chegava em avião vindo do Rio de Janeiro, quando então era exibido em alguns pontos da cidade: o Bar Douradense era um destes pontos. Como em 1970 o Brasil venceu todos os jogos, as pessoas primeiramente  ouviam o jogo pelo rádio e depois vinham para Dourados assistir o videotape. Vinham na caminhonete Wyllis de Edson Daniel.Me lembro de uma noite que esta viagem foi feita em dia muito frio, mas até hoje não ouvi ninguém dizer-se arrependido do sacrifício feito.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE TIA SINHÁ

Meu amigo, Manoel Renato e todos os parentes, estas duas fotos são dois registros da comemoração de aniversário da Tia Sinhá.  Uma comemoração que valeu à pena, já que conseguiu reeditar um pouco de como eram as coisas em  São Lourenço, ou seja, ver tantos membros da Família e amigos reunidos.



domingo, 17 de junho de 2018

A MARCHA PARA O OESTE UNIU OS RIBEIROS A FAMÍLIA DE LUÍS BAIANO


EM 1943, o então presidente Getúlio Vargas, assinou o decreto criando a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). Por conta desta reforma agrária em nossa região,  dez mil famílias  foram assentadas em Dourados, oriúndas de vários estados e regiões brasileiras: Minas Gerais, Goiás, São Paulo e  milhares de nordestinos. Também imigrantes sírios, paraguaios, italianos e japoneses. Só de japoneses, graças ao acordo feito na época entre o governo brasileiro e do Japão, mil famílias foram assentadas em Dourados.
Pois bem, neste contexto, se inserimos nós, oriúndos de nordestinos. Os Ribeiros (Augusto Ribeiro, Purcina Ferreira e  filhos) todos nordestinos que,  no ano de 1954,  se estabeleceram no município de Itaporã, então um distrito de Dourados. Seis meses depois foram morar em São Lourenço, Caarapó. Por outro lado, Luís Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano) e sua esposa Maria Rosa Oliveira, nascidos na Bahia, para cá se mudaram com os filhos. Este casal adquiriu terras em São Lourenço e para cá se mudou, sendo acompanhados pelos filhos.


Maria Rosa de Oliveira (Maria Baiana)
Luis Antônio de Oliveira (Luís Baiano)

Já morando em São Lourenço, Epifânio Ribeiro (meu pai) filho de Augusto Ribeiro e Purcina Ferreira conheceu Izaura Ribeiro de Oliveira (filha de Luís Baiano e Maria Baiana) com quem mais  tarde começou a namorar e finalmente casou-se, e, desta forma um laço de parentesco e de amizade se estabeleceu entre as duas famílias (Ribeiro e de Luís Baiano).
O interessante é que no início, a minha avó paterna (Purcina Ferreira), não queria de jeito nenhum que o meu pai se casasse com Izaura, já que a imagem construída sobre o Luís Baiano, era a de ser  muito ignorante e mau. Ignorante, sim, mau não. E a minha avó temia pela vida, naturalmente de seu filho,  o Epifânio Ribeiro. 


Purcina Ferreira e Augusto Ribeiro
Lembrete: Luís Baiano, primeiramente morou em São Lourenço, depois em Nova América e finalmente no Saverá, próximo a Caarapó. onde comprou uma fazenda para qual se  mudou juntamente com todos os seus filhos. E no início da década de 1970, comprou terras no muncipio de Cáceres,em Mato Grosso, 



e para lá se mudou.



EXISTIMOS GRAÇAS A MARCHA PARA O OESTE



EM 1943, o então presidente Getúlio Vargas, assinou o decreto criando a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). Por conta desta reforma agrária em nossa região,  dez mil famílias  foram assentadas em Dourados, oriúndas de vários estados e regiões brasileiras: Minas Gerais, Goiás, São Paulo e  milhares de nordestinos. Também imigrantes sírios, paraguaios, italianos e japoneses. Só de japoneses, graças ao acordo feito na época entre o governo brasileiro e do Japão, mil famílias foram assentadas em Dourados.
Pois bem, neste contexto, se inserimos nós, oriúndos de nordestinos. Os Ribeiros (Augusto Ribeiro, Purcina Ferreira e  filhos) todos nordestinos que,  no ano de 1954,  se estabeleceram no município de Itaporã, então um distrito de Dourados. Seis meses depois foram morar em São Lourenço, Caarapó. Por outro lado, Luís Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano) e sua esposa Maria Rosa Oliveira, nascidos na Bahia, para cá se mudaram com os filhos. Este casal adquiriu terras em São Lourenço e para cá se mudou, sendo acompanhados pelos filhos.

Maria Rosa Oliveira (Maria Baiana) 
Luis Antônio Oliveira (Luís Baiano).

Já morando em São Lourenço, Epifânio Ribeiro (meu pai) filho de Augusto Ribeiro e Purcina Ferreira conheceu Izaura Ribeiro de Oliveira (filha de Luís Baiano e Maria Baiana) com quem mais  tarde começou a namorar e finalmente casou-se, e, desta forma um laço de parentesco e de amizade se estabeleceu entre as duas famílias (Ribeiro e de Luís Baiano).
O interessante é que no início, a minha avó paterna (Purcina Ferreira), não queria de jeito nenhum que o meu pai se casasse com Izaura, já que a imagem construída sobre o Luís Baiano, era a de ser  muito ignorante e mau. Ignorante, sim, mau não. E a minha avó temia pela vida, naturalmente de seu filho,  o Epifânio Ribeiro. 

Purcina Ferreira e Augusto Ribeiro

Pois bem, Epifânio acabou se casando com Izaura, e entre as duas famílias se estabeleceu uma profunda amizade, respeito e muito afeto. Só para vocês entenderem   o que estou a dizer, meus queridos primos, quando íamos  visitar o Luís Baiano, éramos acompanhados por alguns dos  irmãos de Epifânio e a vó Purcina. E lá chegando era difícil vir embora, porque o Luís Baiano não sabia o que fazer para que ficássemos por lá o máximo de tempo.
Lembrete: Luís Baiano, primeiramente morou em São Lourenço, depois em Nova América e finalmente no Saverá, próximo a Caarapó. onde comprou uma fazenda para qual se  mudou juntamente com todos os seus filhos. E no início da década de 1970, comprou terras no muncipio de Cáceres,em Mato Grosso, 

e para lá se mudou.

sábado, 16 de junho de 2018

OS MUTIRÕES EM SÃO LOURENÇO

Nos anos 1950 e 1960 a estrada que ligava o São Lourenço a Nova América, Caarapó e Dourados apresentava-se  muito precária.Esta estrada atravessa o Córrego São Lourenço, sendo que nas duas margens deste córrego existe uma planície com extensão de aproximadamente  300 metros em cada lado  e que nas décadas citadas, era extremamente pantanosa, haja vista que, naquele período histórico, o São Lourenço ainda estava coberto de matas e, como se sabe, onde existem florestas, o reservatório subterrâneo aquático é muito mais raso, mais próximo mesmo da superfície terrestre, porque a água é puxada pelas raízes das árvores. 
Assim sendo, nesta planície, as águas ficavam acima da superfície terrestre, alagando-a, formando extensos pântanos. Alguém que se propusesse atravessá-la com algum veículo, era quase certo que atolaria. Até tratores muitas e muitas vezes atolaram ao atravessá-la. Sendo mais claro, mesmo a pé, atravessá-la era um grande desafio.
E, naquele período a Prefeitura Municipal, primeiramente de Dourados, já que  até 1958, Caarapó era um Distrito de Dourados e mesmo  depois da transformação deste  distrito em Município,  a Prefeitura de Caarapó, não se fazia presente prestando  serviços em benefício dos camponeses residentes em São Lourenço, dentre eles, abertura e manutenção desta estrada.
Diante disso os  camponeses tiveram que realizar a  manutenção e os melhoramentos nesta estrada, o que fizeram, recorrendo aos mutirões. Dentre as famílias que participaram destes mutirões podem ser citadas a dos Ribeiros, dos Lopes, a de Luís Baiano, do Pascoal, do Seo Agostinho e outros.
Os camponeses constituíram diversas equipes: a de roçadas, a que abria valetas visando a drenagem desta planície pantanosa,  pela colocação de pedras nos atoleiros (buracos) e a de alimentação, constituída pelas  mulheres dos camponeses. E desta forma lograram êxito  em romper o isolamento que São Lourenço estava condenado a sofrer em relação a Nova América, Caarapó e Dourados, caso não fizessem nada. 
Lembrando que os camponeses  precisavam ir a um destes lugares para comercializarem o excedente de suas respectivas produções agrícolas, em especial a de arroz e comprarem alguns produtos industrializados: açúcar, querosene, farinha de trigo, fumo caipira, farinha de mandioca, enxadas, foices, machados, etc. 
E estes mutirões contribuíram para aproximar estas famílias e estabelecer um espírito de cumplicidade entre elas, uma relação que pode-se dizer de parentes.  Era como se,  em São Lourenço, existisse uma única família. 
Era muito bonito  ver o momento em que as famílias paravam para as refeições. O cardápio era constituído por ovo frito, farofa, arroz, feijão, carne de frango, café, bolo de milho. Porém, como eram preparados por diversas cozinheiras, o tempero das refeições era diferenciado. E os camponeses, num espírito de muita camaradagem, de cumplicidade e de partilha, saboreavam as refeições preparadas por todas as cozinheiras e, ao saborearem pratos com temperos diferentes a comida ficava mais apetitosa. Ou seja, as paradas para as refeições, se constituíram  em momentos de festas, de confraternização e que marcou indelevelmente a todos àqueles que viveram estes momentos, além de ter contribuído para selar um clima de muita confiança entre todas as famílias camponesas residentes em São Lourenço.
Observaçãoquando alguma das famílias camponesas precisava plantar ou colher em tempo record, muitas e muitas vezes, recorreu-se aos mutirões.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

UM TRIO E TANTO

Eis os nomes do trio da esquerda para a direita: Reinaldo Alexandre (popular Marajá), ele que atualmente dirige uma escolinha de futebol em Dourados,  anteriormente trabalhava no setor de Desportos da antiga FUNCED (Fundação da Cultura e Esporte de Dourados; ao centro temos Narciso Dionízio (popular Cisu ou Xiru) que em São Lourenço jogou nas equipes infanto-juvenil, na condição de atacante e estava sempre na área, quase sempre na banheira e  sempre fazia o seu gol de honra em cada partida; e finalmente o Erasmo Alexandre, policial militar aposentado, também foi jogador de futebol em São Lourenço, era muito clássico, exemplo muito ilustrativo de um homem sossegado. Os três são integrantes das famílias  Dionízio e Alexandre, as duas  trabalharam  nos anos 1970 como arrendatários nas terras de Augusto Ribeiro.




domingo, 10 de junho de 2018

ESCOLA RURAL MISTA DE SÃO LOURENÇO EM RUÍNAS

Foto do prédio da Escola Rural Mista de São Lourenço, construído nos anos 1970, aliás o segundo já que o primeiro fora construído nos anos   1950. A primeira instalação não era de alvenaria e sim de madeira, coberta com folha de coqueiro (pindó), mais tarde o pindó foi substituído por tabuinhas. 
Todavia, o grande êxodo rural verificado em São Lourenço, coincidentemente a partir da metade da década de 1970, pouco a pouco, implicou na redução do número de alunos que a procuravam esta Escola,  até chegar a nenhum aluno e o São se tornou um vazio demográfico.  
Atualmente esta Escola serve de abrigo para o gado. O Paulo César - popular Paulinho, aliás meu irmão - sugeriu a um vereador de Caarapó que apresente na Câmara Municipal daquele Município, a proposta de tombá-la, o que obrigará que a Prefeitura de Caarapó a restaurá-la e  perpetuá-la. 
O Paulinho argumenta de que em São Lourenço, nos anos 1950. esta foi a primeira Escola da Zona Rural de Caarapó a oferecer o ensino primário completo (1º ao 4º ano), razão pela qual esta providência, qual seja, tombá-la se justifica.



Foto tirada por Paulo no mês de Março de 2018.

IZAURA RIBEIRO, UMA AUTÊNTICA CAMPONESA

Izaura Ribeiro (foto),  faleceu em 1964, 29 anos, vitima de um enfarte fulminante. Era muito admirada por gostar e saber lidar  com o gado, seja domando-o, tirando leite  com uma habilidade incomum, inclusive, a muito homens. Também castrava gatos e cães. A Dine, sua neta e filha do Alberto, hoje com exatos 29 anos de idade é parecidíssima com Izaura.


DA GAVETA DO TEMPO


Tia Maria Senhora e o Tio Idelfonso, quando ainda muito jovens se uniram e construíram uma história de amor, cumplicidade e exemplo de vida. Eu tive a felicidade de conviver muito intensamente com este casal, especialmente entre 1964 e 1966, eu, o Alberto, o  Aurélio e o meu pai fomos morar com a meus avós (Augusto Ribeiro e Purcina Ferreira). O Tio Ildefonso e Tia Senhora moravam numa casa ao lado dos meus avós. 
E como o meu pai ia trabalhar na roça, eu e os meus irmãos ainda muito crianças - eu o mais velho, com 06 anos de idade - ficávamos sob os cuidados dos avós, do Tio Idelfonso e da Tia Senhora. Além do mais ele foi professor meu e do Alberto.
Ela sempre atenciosa com a gente. Posso dizer que muito da nossa educação é fruto dos ensinamentos deste casal.




sábado, 9 de junho de 2018

DONA PERCÍLIA, A MATRIARCA

Fiz esta visita a Dona Percília, ao meu lado na foto, no ano passado (2017) e por felicidade estavam presentes alguns dos seus filhos e netos (foto). 
Na oportunidade conversei com ela sobre a experiência que ela e família (marido, filhos, irmãos e cunhados) tiveram no São Lourenço, diga-se de passagem, na condição de arrendatários de Augusto Ribeiro, sobre a qual ela não gosta de recordar, sob a alegação de era uma vida muito difícil, o que é verdade.



sexta-feira, 8 de junho de 2018

UMA RELÍQUIA

Este é o Trator Massey ferguson que o Tio José comprou nos anos 1970, financiado e zero km. E o Luís Carlos, o seu filho mais velho é quem o operava. Até hoje este trator está em  atividade. Atualmente sob os cuidados de Manoel Renato Ribeiro (outro filho do Tio José) em sua fazenda, localizada no Município de Caracol(MS). 
Aqui Renato fica um apelo para que você não se desfaça dele. É uma relíquia e altamente significativo para a memória do período em que os Ribeiros residiram em São Lourenço


quinta-feira, 7 de junho de 2018

AUGUSTO RIBEIRO E PURCINA FERREIRA, UM CASAL EXEMPLAR

Augusto Ribeiro e Purcina, em minha opinião, exemplos de ética, honestidade para filhos, netos, bisnetos, etc. e para todos àquelas pessoas que conviveram com eles, ainda que por pouco tempo.
Tendo a minha mãe morrido em 1964, eu e os meus dois irmãos o Alberto e o Aurélio que ainda éramos  muito crianças, fomos juntamente com  o nosso Pai, Epifânio Ribeiro  morar com este casal, nossos avós. 
A vó era analfabeta. Por conta disso, o vovô então sentava-se em uma cadeira na varanda (eles a denominavam de alpendre) da casa que  possuíam em São Lourenço e fazia as leituras em voz alta para que a vovó ouvisse. Quase sempre eram leituras de  obras do espiritismo kardecista já que os dois eram espíritas. Ao longo da leitura a vovó fazia algumas observações, ocorre que em alguns momentos, ela não conseguia interpretar corretamente o sentido do conteúdo lido. Nestes  momentos, o vovô fazia uma parada na leitura para explicar qual o sentido do conteúdo do texto para em seguida prosseguir. Bons tempos àqueles. 

TIO JOSÉ BAIANO E FAMÍLIA

Nesta foto, datada de 1996, da esquerda para direita : Tia Fia, Enio, Tio Zé Baiano, Dinho e o Joãozinho. Este registro foi feito na cidade de Cáceres onde morava o Tio.


FAMÍLIA DANIEL, TIOS E SOBRINHOS

Nesta foto temos Eunice Daniel e Augusto Daniel e os filhos de Edson Daniel.


quarta-feira, 6 de junho de 2018

SOLANGE, NA LIDA



Em São Lourenço, o Tio De (Ildefonso), além de lecionar na Escola Rural Mista de São, dentre tantas atribuições, era o responsável pela ordenha do rebanho de Augusto Ribeiro e dele próprio. E a Solange (foto - sua filha) o acompanhava neste trabalho. Eis a comprovação do que estou a dizer. Lá as vacas tinham nome e a Solange sabia o nome de todas .

domingo, 3 de junho de 2018

ALPARGATAS OU PÉ DE CACHORRO?

Um calçado feito de pano e a sola de corda (cizal), sendo a   São Paulo Alpargatas o seu fabricante . As alpargatas foram largamente utilizadas no século passado. O seu uso se tornou pouco comum somente a partir do final dos anos 1960, tendo em vista que o Brasil ingressou num outro estágio de desenvolvimento industrial.
Fabricado nas cores azul, marrom e vermelho  e por ser um calçado  muito  barato se popularizou  e podia ser encontrado em armazéns, bolichos e vendinhas da época. Ganhou diversos apelidos: "enxuga-poça", "pé de cachorro"; "chinelo-de-ladrão" e as pronúncias incorretas "precata" e "pergata" , já que a população brasileira de então era analfabeta.
 . Em São Lourenço  crianças e adultos utilizaram e muito as alpargatas. Eu ,por exemplo, as utilizei bastante. Ela se apresentava em duas versões, uma em que era fabricado com uma alça presa por um botão e que servia para ajustá-la no pé do usuário. Um outro modelo, parecido com sapato esporte, não contava com a referida alça.
O grande  inconveniente das apargatas é que molhava facilmente e contato com superfícies úmidas. Quando chovia,  aí sim,  o bicho pegava.. Em São Lourenço recebeu o apelido de pé de cachorro.




NOS TEMPOS DO SUSPENSÓRIO


Eis aqui uma foto em que aparecem, das esquerda para a direita: Enio, Alberto, Izaura, no colo, a Célia e aos pés de Izaura, o Aurélio (popular Leinho. Izaura), Izaura, Célia e Aurelio, faleceram todos em 1964. Nesta foto pode ser observado que utilizávamos os suspensórios ao invés de cintas para prender os shorts. Nos anos 1960 e 1970, era pouco comum o uso de cintos. Calções, shorts e calças eram presos comm suspensórios. Também se utilizava muito o elástico, e, muito raramente as cintas.


Algo intrigante ao observar  esta foto é que Enio e Alberto, os dois à esquerda respectivamente foram fotografados descolados de Izaura Ribeiro, ao contrário do Aurélio aos seus pés e a Célia em seu colo. E, coincidência ou não, os três faleceram no espaço de um ano (1964/1965). Um capricho do destino? Lembrando que não foi nada programado.

Assim era o lavrador

Nos anos 1960, 1970 e 1980, quem exercia as atividades agrícolas era denominado de lavrador. Naquele período quase todas as atividades agríc...