segunda-feira, 30 de julho de 2018

TIA MARIA, A GUERREIRA

Morei com a Tia Maria (1976 a 1978), e o testemunho que posso dar, uma grande mulher, um grande coração, sempre me tratou com muito carinho e respeito com a mesma dedicação dispensada aos seus filhos. A Tia eu só tenho agradecimentos e elogios a fazer.


Na foto de acima, a nossa querida e guerreira Tia Maria. Na foto abaixo ela e suas duas netinhas, as filhas do José Arimatea.

domingo, 29 de julho de 2018

O EFEITO MÁGICO DAS HISTÓRIAS E ESTÓRIAS

Atualmente com tantos recursos midiáticos (computador, Smartphone, televisão, etc), o contador de história tem sido muito raro nos lares brasileiros, o que é uma pena.
Em São Lourenço, o meu pai e os meus tios tinham o hábito de quando chegavam da lida da roça, cansados, é bem verdade,  em contar histórias e estórias para os filhos. E confesso era um momento mágico.
Muitas e muitas vezes, eles não conseguiam terminar as histórias e estórias, vencidos pelo sono. Então ficávamos cutucando-os para que acordassem e as terminassem. As  vezes, as alteravam porque continuavam a contá-las em estado de semiconsciência, mais ainda assim, gostávamos.
Estou a relatar estas coisas para dizer que esta prática foi muito positiva para estabelecer um laço afetivo, uma cumplicidade entre pais e filhos, uma família sólida e marcada por muito respeito e amor entre pais e filhos.

sábado, 28 de julho de 2018

TIO ANTÕNIO, UM GOLEIRÃO.

Ontem, depois da leitura do comentário sobre o porquê de a Família Ribeiro não ter ido se instalar em Tangará da Serra, Mato Grosso, nos anos  1970, o Toinho,  leu o relato desta história, tendo feito, inclusive, algumas observações e ao mesmo tempo sugeriu fazer uma postagem sobre o Tio Antônio, enquanto grande goleiro que foi.
Eis as informações que ele me enviou:
a) o Tio Antônio conseguia a proeza de segurar a bola em só mão;
b) arremessava a bola (reposição), com igual habilidade  tanto pela mão mão direita quanto pela  esquerda;
c) nestes arremessos, a bola ultrapassava o meio de campo;
E eu acrescento mais:
O Tio Antônio sabia socar a muito bem a bola, de forma que a esta era remetida bem longe, afastando O perigo contra o gol por ele defendido; sabia usar muito bem o corpo, e se colocava estrategicamente no gol, isto é, tinha noção geográfica muito precisa sobre o melhor posicionamento, razão pela qual foi um grande goleiro.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

PORQUE NÃO FOMOS PARAR EM TANGARÁ DA SERRA?

Os Ribeiros, se incluem entre os milhares  de nordestinos que vieram tentar a vida como lavradores em São Lourenço por conta da Marcha para o Oeste Brasileiro.
Esta marcha para o oeste teve início com os bandeirantes, todavia, durante o governo de Getúlio Vargas se tornou mais ousada em razão de alguns fatores, a saber:
a) com a Revolução Industrial Brasileira iniciada na década de 1930, os operários passaram a discutir e problematizar mais os problemas políticos, econômicos e sociais brasileiros,  como a luta por direitos trabalhistas, reforma agrária e outros. Assentar os que desejavam terras foi considerado oportuno ao governo, na medida que ajudava a distensionar a pressão sobre   este nos principais centros urbanos-industriais do País (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) 
b) diminuir o grande poder econômico da Companhia Mate Larangeira. Lembrando que Tomas Larangeiras  foi agraciado com   direito  de explorar a maior concessão de terras feita a grupos privados de toda a história brasileira . Praticamente metade do atual Estado de Mato Grosso do Sul figurava como terras concedidas a esta Companhia. A instalação da Colônia Agrícola Nacional de Dourados foi a forma encontrada por Getúlio Vargas em 1943 para limitar e reduzir o poder político e econômico desta Companhia. Aliás, o mesmo Getúlio dera início a este processo quando em 1943 criou o território federal de Ponta Porã (1943 a 1946), cujo território fora desmembrado da Companhia Mate Larangeiras;
c) por motivos de segurança nacional já que os limites territoriais do então Estado de Mato Grosso, ao longo da história foram sempre questionados,  estas fronteiras se apresentaram até então sempre muito instáveis por conta da colonização espanhola e portuguesa, situação que não se alterou muito, mesmo após a independência das colônias latino-americanas. Exemplo mais ilustrativo foi durante a Guerra da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) contra o Paraguai em que terras outrora pertencentes ao Paraguai passaram a pertencer para o Brasil após o final do conflito.
Pois bem, os Ribeiros vieram para cá muito esperançosos com este processo de expansão das fronteiras agrícolas para o Oeste Brasileiro. É verdade que não foram agraciados com a reforma agrária feita durante o governo de Getúlio Vargas, porém, ficaram deveras animados com a fertilidade das terras e com as oportunidades que vislumbraram ao virem para o São Lourenço.
A história mais tarde demonstrou que as coisas não se deram exatamente da forma como imaginaram, tanto é, que nos anos 1970, José Ribeiro, Epifânio Ribeiro, Antônio Ribeiro, Ildefonso Ribeiro, Luis Carlos Ribeiro e mais o seu Laucídio (este último não era Ribeiro e nem residia em São Lourenço) programaram uma viagem ao Norte do então Mato Grosso, para ser mais exato em Tangará da Serra, com a intenção de conhecerem as terras deste lugar e lá se estabelecerem como lavradores. Esta viagem fora pensada e chegou a ser feita até Coxim, em uma Kombi de propriedade de Augusto Ribeiro. Ocorre que durante o trajeto esta Kombi tombou duas vezes, e, por conta disso, os integrantes da comitiva entenderam como um sinal dos céus de que não deveriam prossegui-la, e, graças, então a este acidente não foram até o destino planejado. O motorista da Kombi era o LuisCarlos (filho do Tio José), aliás, um excelente motorista. O acidente se explica em função das condições da estrada e da pouca estabilidade de uma kombi. E se ele não fosse bom no volante o acidente poderia ter sido fatal.
Eu particularmente penso que o além nos salvou de entrar numa fria já que, as terras de Tangará da Serra, embora seja muito férteis, se caracterizavam pela ocorrência das tão comuns doenças tropicais, malária, dengue, etc. E se tivéssemos ido para lá, o teríamos feito sob condições econômicas bastante desfavoráveis e provavelmente, eu não estaria  fazendo este relato. Claro que isto são conjecturas, mas é o que penso.
Observação: este relato pode conter incorreções, quem as identificar pode se manifestar que, sem nenhum constrangimento, eu farei as devidas correções.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Dr. LIMÃO, O GRANDE MÉDICO

Em São Lourenço, nas décadas de 1970 e 1980, o Tio Antônio pra doenças que contraía recorria sempre ao limão. Aliás o Tio Antônio dizia se você está com gripe, dor de barriga, dor de cabeça, moleza e outros males, chame o Dr. Limão. 
Evidentemente, o Tio exagerou no poder terapêutico do limão, muito embora este sirva realmente para combater diversas doenças. Mas seja com for, a frase cunhada pelo Tio "Dr. Limão é um grande médico", nunca esquecerei.
E com efeito o Tio, diariamente chupava diversos limões. Aliás, o limão, além de servir para a cura de diversas enfermidades, atua também na prevenção de diversas doenças.
Todavia, o Tio foi vítima do efeito colateral. Por ingerir em grande quantidade o suco do limão, o seu sangue acabou ficando muito fino e ele teve que moderar na ingestão do mesmo.
Quanto aos demais Ribeiros acreditavam sim nas propriedades terapêuticas do limão. Todavia, apreciavam-no muito mais para produzir uma saborosa e irresistível caipirinha, especialmente o meu pai. Eu também peguei muitas caronas nas caipirinhas (kkkkk)

quarta-feira, 25 de julho de 2018

CURIOSIDADES SOBRE O EDSON DANIEL

O Edson Daniel tinha o hábito de quando morou em São Lourenço de visitar o meu pai, especialmente à noite. Eles ficavam até cerca de 22 ou 23 hs. Para a zona rural um horário muito avançado já que a lida no campo era duríssima, especialmente, nas décadas de 1960 e 1970 já que o trabalho não era mecanizado, quase todo trabalho era braçal;
Me lembro de algumas manias que o Edson tinha quando conversava. Uma delas era a expressão "bam-bam, bam-bam", quando se fazia necessário descrever vários itens ou aspectos afins; outras vezes para não ter que ficar descrevendo, tais fatores ou aspectos ele utilizava a expressão  "caixa de fósforo". Também a expressão " parada federal" cujo significado não importa qual a natureza da narrativa poderia significar : perplexidade, estar em apuro, sem saída, flagrante,etc.
Destas conversas eu participei de muitas delas e ficava muito feliz quando o Edson Daniel ia em casa. Em resumo, bons tempos.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

SOBREVIVER EM SÃO LOURENÇO UMA HISTÓRIA E TANTO.

Ribeiros, Ferreiras, Oliveiras, Costas, Daniéis, Gabrieis, Lopes, Ricardis famílias que escreveram uma página muito sofrida, é verdade, mas simultaneamente muito bonita e heróica no processo de desbravamento e civilizatório de um lugar denominado São Lourenço, nas décadas de 1950, 1960 e 1970.
 O que tenho a dizer sobre esta história é que o espírito de cumplicidade, solidariedade e a capacidade demonstrado pelas famílias camponesas residentes em São Lourenço para vencer tantas adversidades, agora que estamos em 2018, Século XXI, não parece crível.
O isolamento quase total de São Lourenço em relação as cidades de Caarapó e Dourados, a prestação precária de serviços básicos nos setores de saúde, educação, abastecimento popular, lazer, etc, exigiu uma auto-organização destas famílias, ouso dizer que tantos fatores adversos, se constituíram em matéria-prima para os camponeses vencerem tantas adversidades e para que se tornassem, agora parodiando, Euclídes da Cunha, em o Sertão, antes de mais nada em homens fortes .
Tantas e tamanhas foram as adversidades  que uma divisão social do trabalho foi parida, por incresça que pareça (rsrsrs) exatamente como consequência de tantas e tamanhas adversidades. 
Talentos e talentos foram revelados e avanço exemplos: na educação, Ildefonso e Maria Sinhá, professores na Escola Rural Mista de São Lourenço deram um show de competência; no esporte Epifânio, Edson Daniel, Antônio Costa, Ildefonso, etc,  organizaram equipes de futebol e proporcionaram momentos inesquecíveis de alegria para os camponeses; na área de saúde não poderia deixar de citar os inestimáveis serviços prestados  por Purcina, Ildefonso, as parteiras Filisbina, Dona Joana, Maria Sinhá, que se constituíram numa espécie de agentes de saúde e graças a eles muitas vidas foram salvas; na religião (espiritismo kardecista) notável foi o trabalho desenvolvido por Ildefonso, Antônio Costa, Antônio Ribeiro, João Lopes cujas ações foram, inegavelmente, decisivas para que em São Lourenço  não tivesse sido vitimada por um quadro de depressão coletiva.  O suporte psicológico-religioso, aos camponeses, mesmo aos que não eram espíritas kardecistas, foi vital  na medida que evitou que os camponeses sucumbissem diante de uma realidade extremamente adversa e cruel; 

sábado, 21 de julho de 2018

A BENÇÃO EM TRÊS ESTILOS

Em São Lourenço enfrentávamos, nos anos 1960 e 1970, um dilema na hora de pedirmos a bênção ou a bença. O dilema se deve ao fato de que a maioria dos nossos tios exigiam que se dirigíssemos a eles, estendêssemos a mão direita  espalmada e inclinada quase que na vertical, pedíssemos a bênção ou a bença. Ocorre que a Tia Maria, convertida a religião de Testemunha de Jeová é contrária a este procedimento. Quando pedíamos a benção pra ela,  fingia não estar ouvindo.
O problema é que quanto estavam os tios reunidos, pra maioria tínhamos que pedír a benção, porém,  não a pedíamos a Tia Maria. 
Outro curiosidade: a maioria dois tios nos abençoavam dizendo: " Deus o abençoe; já o Tio Joaquim, um dos irmãos da vovó Purcina, dizia: "Deus  te dê fortuna"; e a Tia Maria não exigia que pedíssemos, pelo contrário, era contra.  .

sexta-feira, 20 de julho de 2018

O JEITO ESPECIAL DE IZAURA PARA LIDAR COM OS ANIMAIS

Sempre ouvi os meus tios, avós paternos e o meu próprio pai dizerem que a a minha mãe, a Dona Izaura, tinha muito jeito e talento para lidar com os animais, gado bovino, cachorro, gato, etc. Todavia, eles ficavam apenas nas afirmações, não apresentavam  exemplos.
Eis que esta semana, o meu primo Luís, filho da Tia Nana, relatou um fato que achei muito interessantes e que vou aqui compartilhar com vocês, meus queridos parentes. 
Pois bem, ele relatou que Izaura ao ter que lidar com uma vaca que recentemente havia dado cria, situação que normalmente o animal é muito bravo, ela ia com jeitinho até o bezerro e o pegava no colo e  o conduzia até o curral e,  quando a vaca vinha enfurecida, ela estrategicamente dava um jeito de  interpor entre ela e a vaca, o bezerro. Então a vaca ao sentir o cheiro do bezerro, ficava dócil. Desta forma a minha mãe fazia o que tinha que ser feito sem ter que ser na pancadaria e se expor a ser uma vítima do animal.
Por isso que ouvi muitas e muitas vezes a frase, a Izaura para lidar com gado era melhor do que os filhos de Luis Baiano, isto é, do que os homens.
Também era eximia castradora de cães e gatos e não menos habilidosa para domesticar os animais.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

A INTELECTUALIDADE DA FAMÍLIA RIBEIRO, FEZ A DIFERENÇA.

A intelectualidade da Família Ribeiro  em São Lourenço, sem dúvida,  uma característica marcante. Num contexto em que a esmagadora maioria da população brasileira era analfabeta, e de forma muito mais intensa na zona rural,  metade dos filhos de Augusto Ribeiro e Purcina fizera o curso primário completo (1º,2º, 3º e  4º anos), enquanto os demais filhos do casal, embora não tenham feito o curso primário, sabiam ler, escrever e,  muito bem. Até meados do Século XX, no curso primário era obrigatório, inclusive, o estudo do latim. Nas escolas onde estudaram os filhos de Augusto Ribeiro e Purcina sempre figuraram entre os melhores alunos.
 Além do mais, todos, sem exceção gostavam muito de ler livros, revistas e jornais. Também tinham o hábito de acompanhar diariamente o noticiário nacional e internacional pelo rádio. Já Augusto Ribeiro, embora tenha estudado apenas trinta dias com um professor, digo preceptor, lia e interpretava muito o que quer seja que lesse.
Por conta disso, de forma natural, a liderança da Família Ribeiro se verificou junto aos demais camponeses residentes em São Lourenço. 
Além do mais na Fazenda Rincão da Confiança, propriedade de Augusto Ribeiro foi instalada uma infraestrutura que compreendia lazer (times de futebol - adulto e juvenil), educação (a Escola Rural Mista de São Lourenço), religião (o Centro Espírita 
Allan Kardec),abastecimento popular (o bolicho ou o armazém de Augusto Ribeiro) e uma equipe que era constituída, vamos dizer por uma espécie de agentes de saúde (Ildefonso Ribeiro, Maria Sinhá, Purcina).
Não por acaso, toda esta estrutura foi instalada na propriedade de Augusto Ribeiro e dentre os fatores, que contribuíram para tal feito, sem dúvida  a liderança dos Ribeiros, decorrente da intelectualidade desta famíla, sem dúvida, merece destaque. O que quero dizer é que este grau de intelectualidade permitiu aos Ribeiros compreenderem que se não fosse bancada uma infraestrutura mínima (lazer, educação, saúde, abastecimento popular, educação e religião), impossível teria sido bancar o desenvolvimento experimentado pelos camponeses em São Lourenço,ou seja, um relativo bem estar coletivo. 
Ouso dizer que, os Ribeiros, lograram êxito no estabelecimento desta  auto-organização, ainda que  por um determinado espaço tempo (cerca de 25 anos),é bem verdade, e assim minimizaram os efeitos extremamente danosos da omissão e o abandono do poder público para com os camponeses de São Lourenço.

terça-feira, 17 de julho de 2018

COISAS DE SEO EPIFÂNIO


Ouvi um relato de que quando o meu pai estava para se casar com a minha mãe, a Dona Izaura, antecedendo ao casamento tiveram aquela conversa que normalmente os noivos tem com o Padre, não por ser um desejo do meu pai, mas sim de minha mãe, até então ela era católica. Depois de ter se casado com o meu pai, ela se tornou espírita kardecista, tendo sido, inclusive, uma médium.
Pois bem, sobre este relato, o que tenho a dizer é que sendo o meu pai muito amigo do Padre, e por não ser católico, num determinado momento da conversa, o Padre pediu a ele que se ajoelhasse e abrisse o coração. A resposta do meu pai foi: "Sr. Padre o Senhor é homem como eu, não me ajoelharei, se quiser conversar, conversaremos os dois em pé."E a coisa teve que ser assim.

sábado, 14 de julho de 2018

O FILHO CAÇULA DE ENIO RIBEIRO

Alô parentes, este é o meu filho caçula, o Daniel, uma figura e tanto. Como se não bastasse nasceu no mesmo mês que eu, isto é, Agosto.


terça-feira, 10 de julho de 2018

OLHA O LIRO LINDO


Foto do ano 1975 ou 1976, quando o primo Argemiro Ribeiro  cursou a 6ª Série Ginasial (nomenclatura utilizada naquele período histórico, atualmente correspondendo ao 
7 º ano do ensino fundamental) em Nova América na Escola Frei João Damasceno. O Argemiro -  me perdoe primo pela indiscrição -, era totalmente avesso as músicas nacionais. Curtia só música estrangeira.
O Argemiro é o 2º em pé da esquerda para a direita. Ao seu lado, o primeiro e em pé é o saudoso professor de Geografia  e Língua Portuguesa, Luís Antônio.
Na década de 1970, os  jovens utilizavam calças boca de sino e sapatos de salto bem alto e mesmo morando na zona rural, nós integrantes da Família Ribeiro, aderimos a esta moda.
Detalhe: o Argemiro era chamado pelas meninas de Liro Lindo. Imaginem como ficava o primo diante desta reação das meninas.

domingo, 8 de julho de 2018

PAPAI, MAMÃE, VOVÔ E VOVÓ


Para apimentar a nostalgia, queridos primos e tios, de volta ao passado, para ser mais exato ao São Lourenço (décadas de 1960 e 1970), provoco a memória de todos vocês e afirmo que  era um hábito comum a  todos nós ao nos dirigirmos ou nos referirmos aos nossos pais e avós, utilizarmos os termos papai, mamãe, vovô e vovó, termos que sem dúvida, revelam uma maior intensidade afetiva entre filhos e pais, netos e avós.
Hábitos saudáveis e típicos das comunidades rurais. Todavia, com o início de uma nova fase da indústria no Brasil e com a veloz urbanização brasileira, somado ao fato de que ingressamos na adolescência, começamos a nos sentir constrangidos em se dirigir aos nossos país e avós, como dantes nas terras dos Ribeiros, e aos poucos passamos a utilizar os termos pai e mãe e a duras penas , conseguimos perpetuar o termo vovô e vovó. 
Todavia, os nossos filhos e netos, boa parte, ignoram estas tradições. E digo mais, inclusive, o hábito de pedir a benção está sendo gradativamente abandonado. O Brasil rural, mais afetivo e mais solidário, está cedendo lugar a um Brasil menos afetuoso, mais empreendedor e mais racional, o que nos coloca como imperioso o esforço,  não de uma volta ao passado, porque de uma vez por todas, nem como hipótese pode figurar tal pretensão. Mas  sim, como se modernizar, progredir, recorrendo a um grande revolucionário: Ernesto Che Guevara, "temos que endurecer sem perder a ternura". No Brasil do século XXI é impossível sermos como nos anos 1950 e 1960, quando o Brasil era uma sociedade rural, todavia, valores humanistas e éticos, creio que devemos nos esforçar para perpetuá-los.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

TIO ANTONIO AO VIOLÃO.

Para recordar um pouco nosso querido Tio Antônio. Acredito que esta cantoria o Tio Antonio deve ter feito no ano de 2016.




Assim era o lavrador

Nos anos 1960, 1970 e 1980, quem exercia as atividades agrícolas era denominado de lavrador. Naquele período quase todas as atividades agríc...