No começo da década de 1970, teve início a migração dos camponeses de São Lourenço para Dourados. Todavia, a migração se deu da seguinte forma:
a) apenas alguns membros de cada família migraram, permanecendo outros membros destas no São Lourenço;
b) uma parte dos que migraram vieram pra trabalhar como empregada no comércio douradense;
c) e outra parcela veio para estudar, quase todos, na Escola Estadual Presidente Vargas.
Todavia, nos finais de semana, tanto os que vieram para trabalhar, como àqueles que vieram para estudar, iam até o São Lourenço, curtirem os finais de semana junto com suas respectivas famílias, namoradas e namorados.
Algumas vezes, as pessoas que desembarcaram dos ônibus tiveram que percorrer cerca de 13 quilômetros a pé e, desta forma, chegarem ao São Lourenço, dentre eles, alguns membros pertencentes a Família Ribeiro.
Pois bem, e num destes finais de semana, coincidentemente, o Tio Dé, veio com a Kombi de propriedade de Augusto Ribeiro para Dourados. Coincidentemente o Tio veio num sábado. Eu vim junto com o Tio Dé nesta Kombi. Chegando a Dourados caí na besteira de dizer para o Edilson que retornaríamos a tarde, deste sábado ao São Lourenço. E o Edilson, então disse "diga para o Tio Dé esperar eu sair do serviço, o que deve ocorrer por volta do meio dia já que hoje é um sábado". Eu prontamente dei o recado.
Mas ocorreu que o relógio registrava meio dia, e nada do Edilson aparecer. Sucessivamente 13 horas, 14 hs e nada do Edilson aparecer. Aliás, o Edilson era o cúmulo da paciência, não tinha pressa para nada.
Me lembro que o Tio Dé, já bastante irritado disse "Enio onde você estava com a cabeça quando foi dizer ao Edilson que retornaríamos, hoje ao São Lourenço"? Parece que você não o conhece!!! Aquele lá, tem uma paciência de Jó!!!!Fiquei todo sem graça. Bem depois do previsto, eis que Edilson chegou, extremamente tranquilo, como nada tivesse acontecido. Finalmente, iniciamos a viagem de retorno ao São Lourenço.
O Edilson Daniel, apelidado de fininho, exatamente por ser muito magro, desconhecia a palavra PRESSA, Satiê.
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