sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A MINHA EXPERIÊNCIA NA CASA DOS TIOS

Em 1974,vim morar em Dourados, na casa do Tio Miguel e da Tia Antônia. Estava fazendo o curso de radiotécnico pelo Instituto Universal Brasileiro. Então o meu pai conversou com a Tia Antônia e o Tio Miguel para saber se eu podia ficar na casa deles. Os tios prontamente, consentiram. 
A rua que o Tio Miguel morou, anos mais tarde,
 com a Tia Antônia e a Vovó Purcina,  hoje  tem o seu nome, uma justa homenagem a ele, localizada na Vila Cohab II, 
próximo ao Cachoeirinha

Durante o dia eu ia para a Radiotécnica Universal e a noite eu estudava, a então 5ª série, no Colégio Oswaldo Cruz. No entanto, ser técnico de rádio, não era a minha praia. Na casa de Tia Antônia morei até novembro de 1974. 
Mas o meu pai não desistiu. em 1976, conversou com a Tia Maria e acertou que eu ia morar em Campo Grande e estagiar numa radiotécnica, cujos donos eram uruguaios e muito amigos do Zé Carlos. Mas, novamente, não fui bem sucedido. A verdade é que fiquei apenas metade do ano na dita radiotécnica. Depois fui trabalhar na Serralheria Gradelar, pertencente a Família Moraes. Fiquei lá até maio de 1978, quando fui para o exército. Em 1979, voltei para Dourados.
A minha estadia em Dourados, foi muito legal. A Tia Antônia sempre me tratou com carinho maternal e o Tio Miguel sempre boa prosa. O Edmilson, sempre com aquelas brincadeiras e o Augusto até por termos a mesma faixa etária, íamos muito ao Cine Ouro Verde. O Renato, nestas idas ao cinema, várias vezes se somava a nós, já que a casa do Tio José, sito a Rua Palmeiras, era muito próxima.
A Tia Antônia morava na rua Araguaia, se não me engano.


Foto da casa, embora duplicada, dá  uma ideia.
  Augusto Daniel em frente 
 se deixou fotografar para perpetuar recordações
tão significativas.


 Íamos a pé até o cinema.Pra a Escola Oswaldo Cruz, eu ia a pé, e tendo a companhia do Mauro, o filho do Seo Alfredinho, já que estudava na mesma Escola. Na volta, passávamos na Padaria Imaculada Conceição, quando tínhamos alguns trocados e comprávamos um pão bem grande, não era pão  bengala. Pensa na nossa felicidade. Entrávamos na sala de fabricação dos pães. Conhecíamos os funcionários da mesma. 
Bom, sobre o Edmilson, eu me lembro que ele foi ao Paraguai e comprou um gravador a pilha. Naquela época uma revolução, Ele utilizava uma fita cassete para gravar. O Edmilson pra encher o saco, quando estávamos dormindo, ele nos gravava roncando. Mas dava  um jeito de acrescentar outros barulhos. E no outro dia, acreditem, ele ligava o gravador e dizia: "ouçam como vocês roncam, só acredito porque vi". Até mesmo com a Tia Antônia, o Edmilson  fez malvadezas, gravando-a dormindo, recorrendo a sons que ele acrescentava e que eram monstruosos, mas que ele dizia serem feitos por nós, enquanto dormíamos. Me lembro que a Tia Antônia, dizia: "eu não ronco assim". Você está inventando Edmilson. E o Edmilson, com a aquele sorrizo matreiro e zombeteiro, dizia: "mãe está gravado". Mas a tia dizia: não acredito.
Oportunamente, relatarei as experiências em Campo Grande, quando morei na casa da Tia Maria.
 Augusto Daniel, Enio Ribeiro e
Alcione Gabriel  roda de carroça, 
existente em frente a minha casa (2016).

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