Edilson Daniel, não me lembro mais, se no final
dos anos 1960 ou início dos anos 1970,
trabalhou na Auto Elétrica Brasil, sediada na cidade de Dourados, e
tornou-se muito amigo do Dono desta Auto Elétrica, o Zezinho. Aliás, esta Auto
Elética, ainda existe. Edilson Daniel tornou-se um grande eletricista de
automóveis. Também acabou por entender bastante de mecânica de veículos automotores.
Decorrido algum tempo voltou para o São Lourenço e juntou-se aos demais membros
da Família Daniel na atividade de lavrar a terra. Registre-se que por um
determinado período, a Família Daniel, destacou-se em São Lourenço nas
atividades agrícolas e, contando com uma área muito pequena de terra, cerca de cinco alqueires, aventuraram-se em arrendar
terras aqui em Dourados, sendo muito bem sucedidos. Passaram a ser referência
no período para os demais camponeses, e desfrutavam de muito prestígio junto
aos comerciantes de produtos agrícolas,
especialmente dos donos de máquina de arroz, já que o principal produto que
cultivavam era o arroz. Na carteira agrícola do Brasil, o Edson Daniel tinha
muito trânsito.
Pois bem, o Edilson Daniel quando trabalhou na
Auto Elétrica Brasil, devido a sua baixa estatura e por ser bem magrinho, foi
apelidado de Fininho, tendo retornado ao São Lourenço depois desta estada em
Dourados, passou a ser o responsável pela assistência mecânica e elétrica dada
a frota de veículos (camionete, trator, trilhadeira) adquiridos pela Família
Daniel. E, de quebra, também acabava estendendo esta assistência para veículos
possuídos por alguns membros da Família Ribeiro e demais camponeses residentes
em São Lourenço.
Interessante que ele quando ia dar a manutenção
aos veículos, vestia um macacão adequado, ficando, sem dúvida, devidamente
caracterizado. Era muito bom no ofício de eletricista e mecânico, porém, tinha
uma paciência de Jó, eu diria que chegava a ser estressante. Todavia, sempre
estava bem humorado, e a exemplo do pai (de
Miguel Daniel) era pródigo em contar causos e aventuras que teve. Me lembro de
uma frase recorrente ao Edilson que de
vez em sempre, ele utilizava, quando alguém fazia uma narrativa de algo muito
difícil de ser realizado ou concretizado. Eis a frase: “Só JC para dar jeito”,
isto é, Jesus Cristo; e quando a narrativa se dava sobre algo impossível de
fazer, ele dizia: “nem JC poderia resolver”.
Infelizmente, o Edilson Daniel faleceu muito
novo, ano de 1982, vítima de um acidente em Dourados, quando pilotava uma moto.
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