Toinho lecionou no período matutino, simultaneamente
para as turmas de 1º, 2º, 3º e 4º anos. Embora englobando quatro turmas, contava
com apenas 20 alunos. Tal esvaziamento foi consequência do elevado êxodo rural verificado
em São Lourenço.
Toinho fez o curso de magistério na Escola Menodora
Fialho de Figueiredo, sediada em Dourados, portanto, habilitado para lecionar
para turmas de 1ª e 4ª séries. Em São Lourenço durante o tempo que lecionou na
Escola Rural Mista de São Lourenço, ficou hospedado na Casa do Tio José a quem
no período vespertino ajudava tirando leite das vacas, tratando dos bichos
(galinhas e porcos). Aos sábados vinha para Dourados e aos domingos, a
tardezinha, retornava para São Lourenço. Para tanto tomava o ônibus da Empresa
Maringá, o qual fazia o Itinerário de Dourados até o Estado do Paraná, passando
antes por Nova América, Distrito de Caarapó. Em Nova América, o Toinho descia e
fazia o trajeto à pé até chegar ao São Lourenço, um percurso aproximado de 13
km.
Apesar de todo este sacrifício, Toinho confessou sentir
saudades do carinho demonstrado pelas crianças. Delas recebeu inúmeros
presentes: laranja, melancia, ovos de galinha, etc. Aliás, os camponeses pelo
fato de não receberem, via de regra, salários, tinham e tem como costume
presentear as pessoas que prezam, especialmente, os professores, com o que
produzem no campo.
Toinho pois fim ao ciclo de professores, membros da Família Ribeiro que lecionaram na saudosa e gloriosa Escola Rural Mista de São Lourenço (foto).

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