Uma das características dos Ribeiros, em meio as dificuldades apresentadas pelo contexto social e histórico, nas décadas de 1950,1960 e 1970, em São Lourenço era de ainda que diante de muitas dificuldades, buscarem a autossuficiência - coletivamente e individualmente.
No plano coletivo, não por acaso, os Ribeiros se mobilizaram, liderados por Augusto Ribeiro e Pulcina Ferreira e instalaram a Escola Rural Mista de São Lourenço, o Centro Espírita Allan Kardec, campos e times de futebol, o bolicho e complementando a estrutura física, providenciaram os recursos humanos para o funcionamento destas instituições, quais sejam: professores, dirigentes das equipes de futebol, uma espécie de agente de saúde (parteiras, benzedeiras, médiuns) o que se assegurou em certa medida a autossuficiência dos camponeses em São Lourenço. Lembrando que naquele período histórico, estes serviços de responsabilidade da Prefeitura não eram prestados, ou seja, o poder público era ausente.
No plano individual, a postura dos Ribeiros, também não era diferentes, procuravam ter todas as ferramentas (enxadas, martelo, serrote, escada, arco de pua e outros) de tal sorte que não precisavam quando desejassem fazer algum serviço, emprestar tais ferramentas de alguém. E, neste, particular, o Tio José, era o mais previdente. Qualquer ferramenta que precisasse o Tio, as tinha. Todavia, ele era rigoroso, àquele que tomasse emprestado uma ferramenta ou objeto dele, que tivesse o cuidado de devolver a ferramenta na mesma condição que havia pegado junto ao tio no prazo combinado, porque se assim não fosse, a casa caía.
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