A propósito Josefa Hélia, sobre o teu depoimento de que algumas vezes pegou uma carona no Trator Fâmulus , dirigido por Tio Antônio, visando passear no São Lourenço, visitando-nos, deixando-nos, esclareço, muito alegre por termos gente diferente para brincarmos e conversarmos.
Aproveito para dizer que inúmeras vezes fomos à Dourados, transportados pelo Trator Fâmulus, digo fomos, porque toda vez que alguém ia pra Dourados, Nova América ou Caarapó, se formava uma verdadeira caravana. Claro que a Caravana sempre era maior quando o Trator vinha para Dourados. Também quando foi utilizado para visitar parentes ou amigos da Família Ribeiro, especialmente cito, a Família de Minha Mãe, pais e irmãos de minha mãe, mas ocorreu visitas também a outras famílias ou amigos dos Ribeiros. Também nestas visistas se formavam uma caravaninha pra pegar uma caroninha. Reitero que a Família Ribeiro, apesar do meu avô materno - Luis Baiano - ser muito temperamental, gostava muito dele e Família.
Lembro que estas viagens não foram feitas somente recorrendo ao Trator Fâmulus. Também merece registro um Jipe que o Tio José adquiriu; o caminhão, a kombi e também uma rural que o vovô adquiriu; as 03 camionetes Willys adquiridas. uma por Tio José, outra por Edson Daniel e uma terceira, acredita que pelo vovô, se não pelo vovô, foi por Tio Antonio. Estes variados veículos se prestaram para estas proezas. Os camponeses ou se quiserem, os lavradores, vinham para uma destas cidades a procura de determinados produtos industrializados, farmacêuticos, bancos; se dirigiam também aos comerciantes de produtos agrícolas, Ivo Rocha era um deles, nos quais comprava enxada, enxadões e outros artigos demandados para lavrarem a terra em São Lourenço; as vezes vinham também para efetuaram a venda de suas respectivas produções agrícolas, no caso de São Lourenço, especialmente, o arroz, mas não só. Outros produtos foram comercializados também.
Pois bem, prima Josefa Hélia, depois que o Tio Edson se desfez do seu sítio Vila Brasil (atualmente Fátima do Sul), e haver se mudado para Nova América, Vila onde adquiriu uma máquina de arroz, estas viagens que mencionei, passaram a contar com uma paradinha obrigatória nem que fosse para tomar água, um cafezinho, jogar prosa fora.
Depois que o Tio Edson mudou para Nova América, eu por ter morado com a vovó Pulcina, por cerca de dois após a morte de minha mãe, presenciei por diversas vezes, a vovô fazendo recomendações, mensagens de lembrança e alguma coisinha que pedia para entregar ao Tio Edson.
Quero dizer que, eu mesmo, em algumas destas viagens, não foram muitas é verdade, vim até Nova América, enquanto os adultos seguiam viagem até Dourados para tratar de negócios em Dourados. Eu ficava na casa do Tio Edson, aguardando-os até a volta para voltar para o São Lourenço. No entanto, me expresso melhor, se disser que ficava mesmo era na máquina de arroz, haja vista que pra mim era uma festa ajudar o Tio Edson nos afazeres com esta máquina. E o Tio Edson tinha uma paciência de Jó para comigo.
E finalmente, me lembro de que algumas vezes, fomos com o Trator Fâmulus até as estradas localizadas nas imediações de Caarapó, naquele período histórico, a atual rodovia 163, era uma estrada de chão. Iamos buscar areia, haja vista que nas estradas de Caarapó tinha muita areia e o bom era que não precisávamos pagar pela areia. O trabalho era só o de buscá-la.
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