O Augusto Daniel está de posse de um relógio de bolso (foto anexa) que pertenceu ao seu pai, Miguel Daniel, adqui8rido pelo Tio Miguel quando residia no São Lourenço.Este relógio tem no mínimo 50 anos de existência. E, segundo, Augusto Daniel, um de seus filhos, já o indagou por diversas vezes sob o porquê de não vendê-lo, haja vista que, por ser uma relíquia pode ser comercializado por um bom valor.
Augusto Daniel, contudo disse não se desfazer deste relógio, haja vista que o mesmo tem relação com os seguintes aspectos:
a) por ser um relógio que pertenceu ao seu pai;
b) porque até os anos 1970,não era comum as pessoas possuírem um relógio, em especial, os camponeses. A maioria dos lavradores, não tinha relógios e administravam a sua vida: trabalhar, dormir, horário de refeições e outros compromissos, recorrendo a incidência da sombra de uma árvore, de sua casa, pela posição do sol em relação ao horizonte ou⁸ pela sucessão dos dias e das noites.
c) porque atualmente ninguém mais adquire um relógio de bolso, aliás, está ficando cada vez mais raro as pessoas adquirirem relógios, haja vista que todos os objetos: celular, rádio, televisão e painel dos carros são dotados de relógios. Quando as pessoas compram um relógio, compram os de pulso. Os de bolso, eu acredito que não existem mais no mercado.
Este relógio o Augusto o consertou por duas vezes, sendo que, na segunda vez, tal providência foi tomada depois deste relógio ter ficado muito tempo parado. Aliás um dos consertos foi feito na Relojoaria Ribeiro, de propriedade do saudoso Wilson Ribeiro.
Como se vê existem motivos vários para o Augusto não se desfazer deste relógio.
Augusto Daniel, não contente, guarda consigo também, um esmeril (foto anexa) utilizado no São Lourenço para amolar facas, facões, enxadas, enxadões, machados e foices. Detalhe, do esmeril restou apenas um pedaço, mas ainda assim, o Augusto o guardou, e este esmeril também tem mais 50.
Augusto, aproveito aqui para parabenizá-lo pela decisão de não se desfazer do relógio e do esmeril. Com este gesto você revela o apreço que tem pelo seu pai e pela passagem da Família Daniel pelo sofrido, mas também saudoso São Lourenço. Além do mais os objetos, servem para dar uma ideia de práticas e do modo de vida,num determinado espaço, num determinado período histórico, de uma determinada sociedade ou coletividade.
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