domingo, 25 de julho de 2021

A TIA JOSEFA 86 ANOS COM DIREITO A CACHIMBO

 Hoje (25/07/21) estive na casa da Tia Josefa,  visita que eu fiz a Tia porque ontem ela fez   aniversário  (86 anos de idade).  Conversamos bastante e animadamente e tiramos umas fotos pra registrar o encontro.

 

Nesta foto: Hermes (genro da Tia Josefa), a Tia Josefa e Áurea (sua filha)

 

 


Aqui a Tia Josefa com o seu cachimbo. A Tia informou que fuma com cachimbo desde os 05 anos de idade e que aprendeu com a sua mãe (Francisca Dom-Dom). Todavia fuma sem tragar e que por conta disso o seu pulmão não está afetado.


Nesta foto temos José Alexandre e Francisca Dom-Dom (pais de Tia Josefa)

A Dom-Dom é irmã de Augusto Ribeiro


Nesta foto Enio, Josefa e Áurea.

A Tia Josefa com 86 anos está muito bem. Fumando com o seu cachimbo, fazendo uma pequena caminhada todos os dias. Ela mora com a sua filha Áurea e o seu genro, o Hermes.  

quarta-feira, 14 de julho de 2021

EDUARDO RIBEIRO E MIGUEL DANIEL, DOIS BONS CONTADORES DE CAUSOS

 Nos anos 1950, 1960 e 1970, no São Lourenço de guerra, sofrido, porém, nunca esquecido, e em um tempo que não havia rede de energia elétrica, nem televisão, nem telefone, nem internet,  poucas alternativas  de informação, lazer e cultura existiam. Uma delas, o rádio. Todavia, havia grande consumo de pilhas, as quais eram caríssimas, cuja energia armazenada não permitia ouvir programas, durante tanto tempo, sem descarregarem. 

Em sendo assim, as famílias eram seletivas. Por exemplo, havia casas em que o  rádio era só para ouvir programas e transmissões de partidas de futebol; outros para notícias; alguns para ouvir o horóscopo; outros para a música e ainda assim de forma bem dosada.

Entrava em cena, por exemplo, como alternativa de lazer, nos reunir, em  "rodinhas" de pessoas, nas quais, alguns com talento para contarem piadas, casos e causos, davam o seu espetáculo. E, por falar em contadores de causos, eu vou externar a minha opinião, qual seja, os dois melhores  contadores de causos, aliás muito bons, eram o Tio Miguel Daniel e o Eduardo Ribeiro. 

Eles eram muito engraçados na entonação de voz, na gesticulação e no suspense que adotavam quando estavam contando causos. O Tio Miguel, era melhor ao contar causos sobrenaturais. A forma como contava estes causos, pareciam tão reais que, a impressão que tínhamos era de estarmos vendo e vivendo de forma real o causo contado. Por vezes, ficávamos arrepiados durante a narrativa do Tio Miguel, pra não dizer o mínimo,  de fato, não raro,  ficávamos assustados, com medo mesmo; já o Eduardo ao contar os causos, o seu ponto forte era o lado cômico, desde a entonação de voz, risos e trejeitos. Ambos, o Tio Miguel e o Eduardo  contribuíram para  suportarmos as adversidades que um sertão oferece, e, eu diria, de momentos de prazer e para entenderemos que, viver, sempre vale a pena.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

O ARROZ SOCADO, UM PROCESSO TRABALHOSO

 No São Lourenço,  o principal produto agrícola produzido pela Família Ribeiro era o arroz. O arroz que consumíamos em nossa alimentação era produzido por nós, mesmos e o excedente, claro, comercializávamos.

Todavia,  por vezes,  o arroz que consumíamos, nós o limpávamos, recorrendo ao velho  e tradicional pilão. Me lembro que e e o Alberto, não poucas vezes, tivemos que socar o arroz. Só que tínhamos uma diga-se de passagem, uma preguiça medonha, para recorrer a uma terminologia nordestina.

Depois que o Tio Edson comprou uma máquina de arroz, a qual foi instalada em Nova América, nós e os demais Ribeiros, bem como diversos camponeses, levávamos o arroz colhido e em estado natural até a máquina do Tio Edson, na qual, o mesmo era  beneficiado. Lembrando que pagamento pelos serviços prestados pelo Tio, não era feito em dinheiro, mas retendo uma parte do próprio arroz beneficiado, isto é, o arroz limpo. Lembrando que o arroz não ficava totalmente limpo como o arroz que compramos atualmente nos mercados. Um percentual elevado de arroz permanecia com  casca, e a estes grãos, dávamos o nome de marinheiro.

Anos mais  tarde, Edson Daniel adquiriu uma máquina de arroz e a instalou no próprio São Lourenço, e, enquanto esteve em funcionamento, nós levávamos o arroz para ser limpo em sua máquina. Aí não precisamos, mesmo que, esporadicamente de recorrer ao pilão.

Detalhe: por uma ironia do destino as duas máquinas mencionadas, nesta postagem, pertenceram aos Edsons: Edson Ribeiro e Edson Daniel. O destino dos Edsons, não tenho dúvida, era o de serem proprietários de máquinas de arroz.

sábado, 10 de julho de 2021

A JARDINEIRA!!! UMA VIAGEM DESAFIADORA.


Nos anos 1960, me lembro, muito vagamente que havia uma linha de transporte coletivo de passageiros, ligando Dourados, se  não estou enganado a Paranavaí. O nome desta Empresa era Aza Branca. As pessoas se referiam a ela como a Jardineira e não, ônibus, como se dá na atualidade com os veículos de transporte coletivo de passageiros.

 

Formato aproximado da Jardineira

Esta Jardineira circulava 03 vezes por semana. E nela os passageiros podiam embarcar a si e a seus pertences,os mais variados possíveis: malas, porco, galinha, sacas de produtos agrícolas (arroz,milho, feijão, etc). Ela passava pela rua principal de Nova América - um distrito de Caarapó -,  Rua Argentina que em seu final, em sua parte norte, estava localizada a casa e a máquina de arroz do Tio Edson.

 Nós, os Ribeiros, aguardávamos, em alguns momentos que esta jardineira passasse, portanto, na casa de Tio Edson. Inúmeras vezes, almoçávamos ou lanchávamos na casa do Tio Edson até que a jardineira passasse para irmos pra Dourados ou, com menor frequência, até Caarapó.

A atual rodovia BR-163, ligadndo Dourados a Caarapó,no período citado era denominada de reta, não era asfaltada e em dias chuvosos era muito comum os veículos atolarem e a viagem ter que ficar mais longa e a chegada ao destino ser imensamente atrasada, sem falar da imensa poeira e solavancos provocados pela irregularidade da estrada. A sensação que tínhamos era de que, como se dizia na época: "estes solavancos vão arrancar o nosso bofe"

0bservação: atualmente este trajeto é feito pela Empresa de Transporte Coletivo, Expresso Maringá, diariamente em vários horários ao longo dia;

sexta-feira, 9 de julho de 2021

MANOEL RENATO, ESPICHANDO A CONVERSA!!!!!

 Interagindo com o Primo, Manoel Renato, o qual,  em uma postagem,  fez referência a autossuficiência atingida pelos camponeses, em São Lourenço, ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, aproveito para fazer as seguintes considerações:

Nestas décadas, o poder público, praticamente não prestava serviços a população. Darei nomes aos bois: num primeiro momento, a Prefeitura Municipal de Dourados, até o ano de 1958, e num segundo momento, a de Caarapó. Esta ressalva é necessária porque, até 1958, Caarapó era um Distrito de Dourados.

Observação 01: alguns membros da  Família Ribeiro se instalaram em São Lourenço, em 1954;

Observaçao 02: na década de 1950 e parte da de 1960, em São Lourenço, os serviços prestados pelas Prefeituras se limitaram praticamente, a educação:  manutenção, em caráter precário, registre-se da Escola Rural Mista de São Lourenço;

 Sendo assim, os lavradores, em São Lourenço, liderados pela Família Ribeiro formularam e adotaram ações, supreendentes e que  asseguraram - creiam queridos parentes - o atingimento de autossuficiência em determinados serviços e até mesmo em algumas obras (construção de pontes, escola,etc), de responsabilidade da Prefeitura, mas que tiveram que ser realizadas pelos lavradores, nos mais diversos setores: saúde, lazer, abastecimento popular, religião, educação, assistência social e por aí vai.

A Família Ribeiro, assumiu um protagonismo, conforme referido pelo primo Manoel Renato Ribeiro que assim se expressou em sua postagem:  

"a escola era dos Ribeiros, os dois professores eram Ribeiros, inclusive tenho a honra de ter sido Professor nessa escola, tinha uma Igreja dos Ribeiros, o centro espírita onde os dirigentes eram Ribeiros, tinha  um estádio dos Ribeiros, três times de futebol, titular, aspirante e juvenil, joguei nos três times, também dos Ribeiros, com a maioria dos jogadores sendo membros da Famíla Ribeiros, os técnicos também Ribeiros: o Professor Tio Dé, Professor Tio Epifânio, Professor Tio Antônio e o tio José não era técnico, porém, contribuía com três ótimos jogadores na formação dos times; tinha médicos, enfermeiras, curandeiros, parteiros, psicólogos, psiquiatras, todos Ribeiros; tinha a viatura do Seu zé Ribeiro que servia de ambulância, taxi, socorrista, um Jeep 1961, inteiro,  novo; tinha Ribeiros como Juiz de Paz, que fazia casamento; Juiz de Direito, que fazia separações, juízes  conciliadores e delegados como o Vô Augusto  que resolvia conflitos; tinha cantores como o Tio Antônio, tio Epifânio, tio Dé; tinha o Presépio da Professora Sinhá, que fazia partos, benzia, receitava remédios, fazia cirurgia; e a conselheira e benzedeira chefe, a Vó Purcina, e muitos outros Ribeiros que faziam exatamente de tudo..."

 A meu ver,  dois fatores contribuíram para este protagonismo da Família Ribeiro no atingimento da autossuficiência. São eles:

a) o poder econômico, especialmente, de Augusto Ribeiro, um fazendeiro, não por acaso, toda a infra-estrutura necessária: a Escola Rural Mista de São Lourenço, o Centro Espirita Allan Kardec, os campos de futebol e bolicho-armazém, estavam sediados na fazenda de Augusto Ribeiro;

b) o nivel de intelectual da Família Ribeiro no plano formal (todos os filhos de Augusto Ribeiro, sabiam ler e escrever, muito bem e fazer as quatro operações matemáticas). Detalhe, entre os demais camponeses, muitos, infelizmente eram analfabetos;

c) liderança política; Augusto Ribeiro e quase todos os seus filhos, em alguma medida, entendiam que as resoluções dos problemas da sociedade só se concretizam mediante ação política, Destalhe: Augusto Ribeiro ao longo de sua vida, não só em São Lourenço, integrou algum partido político, e por conta desta postura, sempre conseguiu fazer com que esta militância política partidária resultasse em benefícios para as comunidades da qual era membro integrante,dentre elas, os camponeses residentes em São Loureço. Não por acaso, a Escola Rural Mista de São Lourenço foi construída em São Lourenço e ser,  a única escola rural, em Caarapó, nas décadas de 1950 e parte da de 1960 a oferecer ensino primário completo (1º a 4º anos - atual séries iniciais); merece ser destacada também, a ação política de José Ribeiro, o qual, articulava-se muito bem com os representantes políticos (vereadores, prefeitos e autoridades caarapoenses e também douradenses), e por conta desta articulalção de José Ribeiro, demandas da Escola Rural Mista de São Lourenço, patrolamento das estradas em São Lourenço, encaminhamento de aposentadorias para muitas pessoas, etc., se verificaram;

 Fica evidenciado que a Família Ribeiro deu grande contribuição para que em São Lourenço, apesar das adversidades, o desbravamento de suas terras e o seu desenolvimento ocorressem. O interessante é que os membros da Família Ribeiro exerceram este papel de dirigentes e de realizações tão importante, mesmo sem ocuparem cargos no aparelho estatal, isto é, vereador, deputado ou prefeito. Todavia, a autoridade moral e intelectual dos Ribeiros permitiu os mesmos protagonizarem tão bela história em São Lourenço.

 

 

 


 

 


quinta-feira, 8 de julho de 2021

SÃO LOURENÇO NO OLHAR ATENTO DO PRIMO MANOEL RENATO.


Este belo relato foi redigido por Manoel Renato Ribeiro, veja-o na  abaixo (foto a direita)

 A família Ribeiro é  motivo de muito orgulho, jamais comparável ou igualável, nenhuma outra família terá condição de viver como no São Lourenço, sem ostentação, esbanjamento ou soberba, cuja realidade era a seguinte:   a escola era dos Ribeiros, os dois professores eram Ribeiros, inclusive tenho a honra de ter sido Professor nessa escola, tinha uma Igreja dos Ribeiros, o centro espírita onde os dirigentes eram Ribeiros, tinha  um estádio dos Ribeiros, três times de futebol, titular, aspirante e juvenil, joguei nos três times, também dos Ribeiros, com a maioria dos jogadores sendo membros da Famíla Ribeiros, os técnicos também Ribeiros: o Professor Tio Dé, Professor Tio Epifânio, Professor Tio Antônio e o tio José não era técnico, porém, contribuía com três ótimos jogadores na formação dos times; tinha médicos, enfermeiras, curandeiros, parteiros, psicólogos, psiquiatras, todos Ribeiros; tinha a viatura do Seu zé Ribeiro que servia de ambulância, taxi, socorrista, um Jeep 1961, inteiro,  novo; tinha Ribeiros como Juiz de Paz, que fazia casamento; Juiz de Direito, que fazia separações, juízes  conciliadores e delegados como o Vô Augusto  que resolvia conflitos; tinha cantores como o Tio Antônio, tio Epifânio, tio Dé; tinha o Presépio da Professora Sinhá, que fazia partos, benzia, receitava remédios, fazia cirurgia; e a conselheira e benzedeira chefe, a Vó Purcina, e muitos outros Ribeiros que faziam exatamente de tudo, enfim um passado glorioso, honrado, inesquecível, inigualável e o mais importante ainda vivo



quarta-feira, 7 de julho de 2021

O SÃO LOURENÇO DO PASSADO, O SÃO LOURENÇO NA ATUALIDADE!!!


Nas décadas de 1950 até 1970, em São Lourenço, os camponeses enfrentavam dificuldades enormes para lavrarem a terra e obterem algum ganho econômico, em virtude dos fatores a seguir elencados, dentre outros:
a) dificuldade de acesso: as estradas eram praticamente intransitáveis para automóveis e, em determinados momentos, só o transporte movido pela tração animal (cavalos e bois) era viável;
b) mão de obra escassa: a terra era lavrada manualmente, sendo assim, se fazia necessário o emprego de muita mão de obra, coisa rara em São Lourenço. A solução encontrada foi a de fazer o uso combinado de diversos categorias de trabalhadores: arrendatários, empreiteiros, diaristas e indígenas. O arrendamento foi a forma de trabalho que se mostrou mais funcional;
c) inexistia experiência da maioria dos agricultores sobre como gerir uma pequena propriedade agrícola. Esta dificuldade  somando-se, num efeito combinado,  com o desconhecimento de praticamente todos os produtores  relacionadas as  práticas de cultivo de produtos como milho, o feijão, e especialmente, o arroz - produto que se tornou o carro chefe da economia em São Lourenço -,quase sempre resultou em grandes fracassos para os agricultores  em suas atividades;
d) os agricultores eram totalmente descapitalizados e obter financiamentos junto aos bancos era muito difícil. Não havia o PRONAF - Programa de Financiamento da Agricultura Familiar, programa criado nos anos 1990;


Arrendatários:
O arrendamento em São Lourenço, normalmente, era feito nos seguintes termos: a pessoa ou família interessada em arrendar as terras, pagava 25% sobre o total produzido. 
O problema é que as famílias dos arrendatários, quase sempre, precisavam de víveres (açucar, farinha de mandioca, fumo, arroz, feijão, etc), querosene para acenderem lampiões e lamparinas, e os proprietários do qual arrendavam as terras, nem sempre tinham condições de bancá-los.  Lembrando que o arrendatário só teria condições de pagar os produtos demandados quando colhesse a lavoura que cultivasse. E, claro, se fosse bem sucedido. Caso contrário, recorria-se a um adágio popular: "põe na conta do Abreu, nem ele paga, nem eu" (rsrs). Entenderam o grau de dificuldade?
Augusto Ribeiro, dos proprietários era o que mais condições tinha, haja vista que era um médio fazendeiro (sua propriedade totalizava perto de 250 alqueires de terra). Mas, mesmo ele, tinha bastante limitações. O fato é que diante deste contexto,as atividades agrícolas em São Lourenço se desenvolveram de forma bastante deficitária. 

Casal Pulcina Ferreira e Agusto Ribeiro

Da Família Ribeiro, os que lograram maior êxito com as atividades agrícolas foram José Ribeiro e a ramificação das Famílias Ribeiro/Daniel, e mesmo assim, por um curto período, coincidente com o "Milagre Econômico Brasileiro", período em que o PIB brasileiro chegou a crescer 10% ao ano. 
Todavia, a crise do petróleo em 1973, interrompeu este ciclo e, não por acaso, em São Lourenço, nos anos 1970, teve início um acelerado êxodo rural, tornando-o um verdadeiro vazio demográfico. Os arrendatários vieram pra cidade com as mãos "abanando" e buscaram um lugar ao sol como empregados. Quanto aos proprietários venderam as suas propriedades, nem sempre por preços justos e vieram também para a cidade, especialmente a de Dourados, e a maioria, incorporou-se a economia como empregados nas empresas. Poucos foram os que continuaram nas atividades agrícolas.

SÃO LOURENÇO NA ATUALIDADE

Atualmente São Lourenço está sob o binômio econômico (cana-de-açúcar e pecuária). As relações trabalhistas nas versões: arrendatários, diaristas, mão de obra indígena e empreiteiros, pertencem ao passado. Lá instalaram-se as relações genuinamente capitalistas no campo, qual seja, o trabalhador é contratado com Carteira de Trabalho assinada e cumpre a jornada de trabalho de 8 horas, com exceções feitas ao caseiro.


domingo, 4 de julho de 2021

QUEM SE LEMBRA DESTA IMAGEM?



Em São Lourenço, anos 1960 e 1970, embora não fosse uma realidade tão comum, alguns de seus moradores, em determinados momentos, carregaram uma lata d`água na cabeça, Como se sabe, neste período, rede de energia elétrica na zona rural,  era coisa muito rara. Sendo assim, a água era tirada puxando-a através de carretilhas, sarilhos pra quem tinha um poço.
No entanto, muitos moradores não tinham poço, logo tinham que buscar água, em uma mina ou de um poço de algum vizinho, fazendo uso de uma lata d`água, colocada sobre a cabeça. E tinha moradores, quase sempre mulheres, que davam um show de equilibrismo, haja vista que conduziam a lata sobre a cabeça sem o auxílio das mãos. Aliás não raro, com uma das mãos segurava a mão de um filho, por exemplo,  ainda criança e, por vezez, na outra levava algum objeto.

 

Assim era o lavrador

Nos anos 1960, 1970 e 1980, quem exercia as atividades agrícolas era denominado de lavrador. Naquele período quase todas as atividades agríc...